Estacionar mal pode estragar as férias: saiba onde não deve deixar o carro ‘nem por um minuto’

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Durante os meses de verão, milhares de portugueses e turistas deslocam-se para as praias, zonas montanhosas e reservas naturais de norte a sul do país. Com as altas temperaturas e o aumento do tráfego rodoviário, torna-se essencial saber onde estacionar o carro de forma segura. Em Portugal, tal como noutros destinos de férias populares, uma decisão errada ao estacionar pode resultar em avarias, multas elevadas ou mesmo danos significativos no veículo. De acordo com o jornal EuroWeekly News, há quatro tipos de locais que, apesar de parecerem convenientes à primeira vista, representam riscos concretos e evitáveis.

Entre os erros mais comuns estão estacionar diretamente na areia, parar em reservas naturais, entrar por caminhos de terra não sinalizados ou deixar o carro sob árvores antigas. Evitar estas quatro situações pode poupar-lhe tempo, dinheiro e dores de cabeça.

Estacionar na areia da praia é um erro grave

A imagem de um carro junto ao mar, com as janelas abertas e o som das ondas de fundo, pode parecer apelativa. No entanto, a realidade é bem diferente. As areias das praias portuguesas não têm compactação suficiente para suportar o peso de um veículo, mesmo os mais leves.

Uma vez imobilizado, sem tração, o carro afunda-se rapidamente, sendo necessário recorrer a serviços de reboque especializados.

Além disso, a legislação portuguesa proíbe a circulação e o estacionamento de veículos nas praias, estando prevista a aplicação de coimas pesadas, com base no regime sancionatório das áreas protegidas e domínio público hídrico.

Reservas naturais e áreas protegidas: beleza que exige respeito

Estacionar em zonas sensíveis como dunas, trilhos florestais ou dentro de parques naturais está expressamente proibido em Portugal.

Em áreas como o Parque Natural da Ria Formosa ou a Serra da Arrábida, a circulação de veículos fora das vias autorizadas constitui contraordenação ambiental grave. Segundo a mesma fonte, para além das multas, há o risco real de comprometer habitats frágeis ou impedir o acesso a percursos de emergência, situação que pode ser penalizada nos termos da Lei de Bases do Ambiente.

Caminhos de terra batida e trilhos não sinalizados podem custar caro

Com a popularização de conteúdos nas redes sociais, são muitos os condutores que tentam aceder a praias ou locais “secretos” através de caminhos não oficiais. Porém, conforme a fonte acima citada, esses trajetos não são mantidos, podendo tornar-se intransitáveis após chuvas ou com excesso de calor. Ficar atolado no meio do nada, sem rede móvel, é uma possibilidade real. Um reboque em zonas rurais pode ultrapassar os 300 euros e, frequentemente, as seguradoras classificam o incidente como negligência do condutor, recusando a cobertura.

Evite estacionar sob árvores de grande porte, sobretudo em dias de calor ou vento

Em busca de sombra, muitos automobilistas optam por deixar os veículos debaixo de árvores antigas. No entanto, em dias de calor extremo ou vento forte, é comum caírem ramos de grande dimensão, podendo danificar seriamente os carros. Refere a mesma fonte que, nestes casos, a responsabilidade pode recair sobre o condutor, se for considerado que estacionou de forma imprudente. As seguradoras nem sempre cobrem os danos, sobretudo se o local não for oficialmente destinado a estacionamento.

Em suma, uma decisão precipitada ao estacionar pode transformar um dia de descanso num contratempo dispendioso.

As autoridades recomendam que se opte sempre por locais sinalizados, planos e autorizados. Como lembra a EuroWeekly News, um bom lugar para deixar o carro é aquele onde ele ainda está, intacto, quando regressa.

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