Estas florestas são mais produtivas e protegidas

As áreas florestais geridas pela indústria, próprias ou arrendadas, beneficiam de gestão ativa e da vigilância da AFOCELCA.

Maior gestora florestal privada em Portugal, a indústria de pasta e papel promove a gestão ativa e a valorização dos espaços rurais em 5% da área florestal nacional. São cerca de 164 mil hectares de floresta, segundo dados de 2020 da CELPA – Associação da Indústria Papeleira, que incluem áreas próprias da indústria e propriedades arrendadas de terceiros.

A otimização da gestão florestal, feita sem qualquer distinção entre património próprio e áreas arrendadas – na The Navigator Company, por exemplo, 44% da área gerida é de terceiros –, incide sobre todas as operações necessárias para alcançar maior produtividade nos espaços florestais, salvaguardando o equilíbrio entre os valores de conservação e de proteção. Estas melhores práticas de gestão incluem plantação, adubação, controlo da vegetação, gradagens, escolha da melhor planta, etc.

A gestão ativa aplicada nas áreas associadas à indústria contribui para maior produtividade nos espaços florestais, que também beneficiam de mecanismos privados para defesa da floresta.

O objetivo desta gestão tem como objetivo manter os povoamentos em boas condições durante o crescimento das árvores e incólumes à ameaça do fogo. Neste sentido, a gestão ativa em áreas de eucalipto associadas à indústria inclui medidas como desbastes/seleções de varas e limpezas de matos regulares, com o objetivo de reduzir as cargas combustíveis, responsáveis pela perigosidade e propagação dos incêndios.

Estas medidas reduzem a continuidade vertical e horizontal dos combustíveis e os dados mostram que os incêndios são menos frequentes. Entre 2009 e 2018, na área sob gestão das empresas associadas da CELPA, a percentagem média anual de área de eucalipto ardida foi de 1,3%, enquanto a nível nacional e no mesmo período, a média anual de área ardida de eucalipto foi de 17,4%.

Maior proteção com a AFOCELCA

Para estes resultados também contribuem mecanismos privados de combate a incêndio, como a AFOCELCA. Este dispositivo complementar ao sistema nacional de combate a incêndios florestais tem 20 anos de existência, serve as empresas florestais da The Navigator Company e da Altri e tem um orçamento anual de 3,5 milhões de euros.

Com uma abrangência nacional, do Algarve ao Minho, mas focado no potencial risco para as propriedades florestais sob gestão da indústria, a AFOCELCA é a única força, para além do Estado (através da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil), a dispor de meios aéreos no combate ao fogo.

O artigo foi publicado originalmente em Produtores Florestais.


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