O Instituto Nacional de Estatística (INE) apresenta a edição de 2021 das “Estatísticas Agrícolas”, um retrato atual e abrangente da agricultura nacional, reportando-se a informação ao último período temporal disponível.
No ano agrícola 2020/2021, a produção de cereais de Outono/Inverno foi de 189,2 mil toneladas, uma das mais baixas dos últimos 35 anos, reflexo de uma redução quase generalizada em todas as espécies. A produção de cereais de Primavera/Verão aumentou 10,3% no milho e 32,5% no arroz.
A produção de maçã alcançou as 368,2 mil toneladas, a segunda colheita mais produtiva dos últimos 35 anos, a produção de kiwi ultrapassou pela primeira vez as 55 mil toneladas, e a campanha da cereja foi a mais produtiva dos últimos 49 anos. A entrada em produção de novos amendoais intensivos contribuiu para um aumento de produção de 31,1%, atingindo as 41,5 mil toneladas de amêndoa.
A produção de vinho aumentou 14,7%, alcançando os 7,2 milhões de hectolitros, volume superior à média dos últimos cinco anos (6,4 milhões de hectolitros) e a produção de azeite disparou para um máximo histórico de 2,29 milhões de hectolitros.
Em Portugal, o número de incêndios rurais em 2021 foi 8 230, menos 15,0% de ocorrências face a 2020 e a área ardida foi 28,47 mil hectares, a segunda mais baixa da última década.
O défice da balança comercial dos Produtos agrícolas e agroalimentares totalizou 3 845,9 milhões de euros em 2021, um agravamento de 401,6 milhões de euros face ao ano anterior, principalmente devido à evolução dos Cereais (aumento do défice em 154,6 milhões de euros).
A diminuição na produção (-8,1%) e nas exportações (-4,5%) e a manutenção nas importações, agravaram o grau de autoaprovisionamento dos cereais (exceto arroz), que em 2021 foi 19,4%.
Registaram-se aumentos significativos do índice de preços de produção dos bens agrícolas (+5,6%), do índice de preços dos bens e serviços de consumo corrente na agricultura (+14,2%) e do índice de preços dos bens e serviços de investimento da atividade agrícola (+3,2%).