A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras vai atribuir este mês, e com efeitos a 1 de janeiro de 2023, um complemento com o valor fixo mensal de 177,55 euros aos seus trabalhadores, cerca de uma centena, o que corresponde a um aumento salarial de 6,3%.
A entidade bancária atribuiu este aumento como “reconhecimento da dedicação e o trabalho que os colaboradores têm dedicado a esta caixa agrícola”, bem como do “compromisso” dos trabalhadores com a instituição, de acordo com a administração da caixa agrícola torrense, citada num comunicado do Mais Sindicato, que aplaude a medida. “É um exemplo de boas práticas, raro no setor bancário”, assinala o sindicato.
“A administração valoriza a sua equipa e acredita que a compensação justa e adequada é um ingrediente crucial para o sucesso da nossa caixa”, acrescenta a gestão da Caixa de Torres Vedras, uma das cinco caixas regionais que não fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).
Segundo o Mais Sindicato, liderado por António Fonseca, foi assinado um memorando de entendimento em que a caixa torrense se comprometeu a outorgar a revisão do Acordo Coletivo de Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo, “logo que o processo esteja concluído”.
“Nessa altura, as tabelas e cláusulas de expressão pecuniária serão atualizadas com o aumento que resultar da revisão, com efeitos à mesma data. Face a essa atualização, o complemento de 177,55 euros será diminuído desse aumento para o respetivo nível salarial do trabalhador”, explica o sindicato, sublinhando que, contudo, “o valor do complemento, após a dedução da revisão salarial, mantém-se vitaliciamente, não podendo ser objeto de absorção”.
Este aumento compara com as atualizações salariais de 4% promovidas pelos principais bancos em Portugal, incluindo BPI, Santander, Novobanco e Crédito Agrícola, enquanto a Caixa Geral de Depósitos (CGD) aprovou em março um aumento de 76 euros para todos os níveis. No BCP o aumento foi de 3%. Aumentos que ficaram além das exigências dos sindicatos face ao aumento de custo de vida.
Na Parvalorem e Imofundos, os sindicatos e administração das duas entidades aguardam autorização da tutela para que se processe a atualização da massa salarial de 6,1% aos trabalhadores, em igualdade com a restante Função Pública, segundo adiantou o Mais Sindicato num comunicado separado.