Estudante timorense da UA é o primeiro em Portugal a concluir licenciatura, mestrado e doutoramento

 

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 –  23-07-2013

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Estudante timorense da UA � o primeiro em Portugal a concluir licenciatura, mestrado e doutoramento

� o primeiro estudante timorense a completar em Portugal licenciatura, mestrado e doutoramento. Chama-se Samuel Freitas e chegou a Portugal em 2001 e entrou na Universidade de Aveiro (UA) em 2002 ao abrigo do protocolo de forma��o de estudantes timorenses assinado entre os governos de Timor-Leste e de Portugal. Licenciado e mestre em Engenharia Qu�mica pela UA, na investiga��o que desenvolveu ao longo dos �ltimos cinco anos na academia de Aveiro, no ambito do trabalho de doutoramento, Samuel Freitas estabeleceu uma metodologia para produzir biodiesel a partir de �leos de sementes nativas de Timor. O projecto inovador promete ajudar a alargar a rede de distribui��o el�ctrica naquele país do sudeste asi�tico e reduzir a polui��o atmosf�rica.

O biodiesel, fabricado a partir de �leos vegetais extra�dos de sementes do pinh�o-manso e da nogueira de Iguap�, �rvores nativas de Timor-Leste presentes em grande escala por todo o país, "poder� ser usado não s� pelo parque autom�vel como Também para a produ��o de electricidade", explica Samuel Freitas.

O rec�m-doutorado timorense revela que desenvolveu a investiga��o precisamente a pensar numa forma barata, eficaz e limpa de obter combust�vel que possa ajudar a produzir energia el�ctrica. "Fui incentivado a desenvolver este tema pois parte da ilha ainda não tem electricidade", diz Samuel Freitas.

A metodologia que utilizou na UA "pode perfeitamente ser usada em Timor numa escala industrial". E matérias-primas não faltam para obter biodiesel. "O pinh�o-manso e a nogueira de Iguap� são �rvores que crescem espontaneamente por todo o arquip�lago timorense. E as sementes, das quais se extrai o �leo que transformo em combust�vel, nem sequer são utilizadas para fins alimentares", explica o investigador.

O biodiesel made in Timor-Leste pode ser usado por si s� mas o objectivo de Samuel Freitas � que seja misturado com gas�leo. "Como temos estes dois tipos de combust�vel em Timor podemos fazer a mistura. O ambiente agradece pois com a introdu��o do biodiesel nos combust�veis f�sseis eliminam-se muitas emissões t�xicas que poluem o meio ambiente", refere. Basta uma redu��o de cinco a dez por cento dessas emissões, explica, "para falarmos de toneladas de produtos t�xicos lan�ados a menos para a atmosfera".

Outra vantagem do biodiesel desenvolvido por Samuel Freitas � que este "tem propriedades semelhantes ao gas�leo" e a sua utiliza��o não requer, por isso, muitas modifica��es nos actuais motores. Assim, "pode ser utilizado directamente ou misturado com gas�leo".

A caminho de Timor para desenvolver o ensino "Estou orgulhoso de ter feito todo este percurso, não s� por mim mas pelo que eu posso vir a fazer pelo desenvolvimento de Timor", diz hoje Samuel Freitas. Entrou na Universidade de Aveiro com 20 anos. está h� uma d�cada longe de Timor-Leste. Neste período, s� por uma vez foi visitar a fam�lia durante tr�s meses em 2008.

Entre as enormes saudades de casa foi-se adaptando. "Eu e os meus pais sab�amos que era necess�ria esta dist�ncia durante todo este tempo", diz. O grande apoio dos amigos timorenses e portugueses, da Reitoria e dos Serviços de Ac��o Social da UA ajudaram-no a ultrapassar todas as dificuldades e a fazer um percurso acad�mico sem uma �nica reprova��o. "Devo-lhes muito", homenageia.

Samuel Freitas prepara-se para regressar a Timor-Leste no final do m�s de Agosto. Depois de matar as saudades da fam�lia e de descansar quer contribuir com o que sabe para o desenvolvimento dos sistema de ensino do país. "A minha prioridade � a educa��o. Quero ir para a Universidade Nacional de Timor Leste para ajudar a incrementar o sistema educativo no meu país porque são os jovens formados que v�o contribuir para melhorar o desenvolvimento da minha terra", aponta.

Ajudar a desenvolver o ensino e a investiga��o na área da engenharia em Timor, em particular na Engenharia Qu�mica � um dos seus projectos até porque, lembra, "h� muitos recursos energ�ticos em Timor que t�m se ser explorados pelos pr�prios timorenses".

Fonte:  UA


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S�tios

  • Universidade de Aveiro (UA)


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