Eu, apreciador das castas brancas* portuguesas, me confesso (sem ser fundamentalista) – José Carvalheira

Eis dois dos vinhos que mais me tocaram, nos últimos tempos, pela sua frescura, mas também pelo bom balanceamento, estrutura, volume, capacidade de envelhecimento, complexidade, mineralidade e finura.

*mas também de tintas

A frescura, mas também o bom balanceamento — alguns dirão que o termo correto é equilíbrio, mas permitam-me que use, como prefiro, a palavra balanço ou balanceamento —, a estrutura, o volume gustativo, a capacidade de envelhecimento, a complexidade aromática, ainda mais do que a intensidade, a mineralidade, a limpeza aromática, por um lado, e por outro a finura, são caraterísticas que relevo quer nos vinhos brancos em cuja criação tenho uma palavra a dizer, quer nos que vou tomando por aí, que vou encontrando, que vou descobrindo, que me vão apresentando, que vou comprando, que me vão oferecendo.

Nos últimos tempos, dos variadíssimos vinhos que experienciei, nas várias circunstâncias da minha vivência profissional ou pessoal, quero aqui referir-me, nesta rubrica em que compete aos enólogos desnudar os vinhos, a dois dos que me tocaram mais, de regiões bem distintas, de estilos de vinificação também distintos e de castas muito distintas, que andam relativamente afastados dos principais escaparates, até em razão de se tratarem de vinhos de produção relativamente escassa, mas que possuem várias das caraterísticas sensoriais que aprecio em vinhos brancos e a que anteriormente já me referi. São eles o Insula Arinto dos Açores 2019 e o Encostas de Melgaço Alvarinho […]

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