Eucalipto é a espécie mais representativa em Portugal, mas foi a que mais ardeu

O eucalipto representa mais de um quarto (25,7%) do total dos povoamentos florestais em Portugal. Foi, contudo, a espécie arbórea mais devastada pelos incêndios de 2019 (43% da área total arborizada). A superfície florestal nacional abrange hoje 36,1% do território português.

A Estratégia Nacional para as Florestas, que está em vigor desde 5 de Fevereiro de 2015, determinou o congelamento, até 2030, da expansão dos povoamentos de eucalipto em Portugal. Ainda assim, da totalidade dos povoamentos florestais, a espécie mais representativa da paisagem florestal portuguesa é o eucalipto (25,7%), sendo que, no período entre Outubro de 2013 e Junho de 2020, foi validada a plantação de 81.475 hectares.

O sobreiro é a segunda espécie arbórea mais representativa em Portugal (23,3%), seguindo-se-lhe o pinheiro-bravo (20,4%), a azinheira (11,3%) e o pinheiro-manso (6,2%), de acordo com as últimas Estatísticas do Ambiente de 2019 publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Sendo a espécie com maior representação na superfície florestal em Portugal, o eucalipto foi também o mais afectado pelos incêndios nos últimos anos. O documento agora publicado pelo INE faz notar que, “dos povoamentos florestais ardidos em 2019, os de eucalipto foram os mais atingidos, abrangendo 43% da área total arborizada”. Em 2018 essa área chegou aos 62%. Os povoamentos de pinheiro-bravo (34%) e de sobreiro (7%) foram, respectivamente, a segunda e terceira espécies que mais sofreram com os fogos do ano passado.

Dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) citados pela Celpa – Associação da Indústria Papeleira, mostram que cerca de 86% do património florestal está na posse de proprietários individuais. O restante está repartido entre o Estado, com 3%, das comunidades locais (baldios), 6%, e as 14 empresas associadas da Celpa, 5% (que gerem 190,3 mil hectares, correspondentes a 2,1% do território nacional, dos quais 162,4 mil ocupados com floresta).

Papeleiras gerem 17% do eucaliptal

Em Portugal, a indústria papeleira assume-se como “responsável pela gestão de 17% da área de eucaliptal”, gerindo ainda “1% do montado

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