As plantações de eucalipto ocupam um lugar importante na floresta nacional, graças à combinação de uma produtividade elevada com um rápido retorno ao proprietário, relativamente a outras alternativas de uso de solo. Em paralelo, estas plantações têm um papel determinante no sequestro e armazenamento de carbono e mitigação das alterações climáticas. Mas, como em todas as culturas, vários fatores condicionam a qualidade e rendimento das plantações de eucalipto.
A montante, do lado da oferta, é importante conhecer as melhores práticas de gestão e soluções para melhor proteger as plantações dos efeitos de pragas, doenças ou fogos. A jusante, do lado da procura, é fundamental melhorar continuamente e diversificar os processos de transformação da madeira para criar materiais de maior valor acrescentado. Ambos são fundamentais para assegurar um futuro para produtores e consumidores de eucalipto.
É aqui que entra o RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel. Nos seus mais de 25 anos de existência, tem vindo a dedicar-se a estudos e experimentação centrados no eucalipto e nos seus produtos, procurando conhecer melhor a sua biologia, a sua relação com os recursos naturais que o rodeiam, e o seu potencial como fonte de bioprodutos.
Uma das linhas de trabalho mais importantes do RAIZ tem sido o melhoramento genético, por vias naturais. A reflorestação com estes materiais melhorados tem produtividades 20% a 40% superiores à planta tradicional.
Uma das linhas de trabalho mais importantes tem sido o melhoramento genético, por vias naturais. A reflorestação com estes materiais melhorados, com produtividades 20% a 40% superiores à planta tradicional, é um fator fundamental para aumentar a produtividade do eucalipto em Portugal.
Outra vertente importante no RAIZ tem sido o estudo dos efeitos das melhores práticas de gestão, desde logo com o conhecimento dos solos e do clima, da silvicultura, da monitorização da floresta e da sua modelação às alterações climáticas. Paralelamente, o RAIZ tem vindo a estudar os impactos ambientais a curto e longo prazo da exploração florestal, designadamente na fertilidade e conservação do solo, na utilização de água e regulação dos caudais, e na recuperação ambiental e conservação de biodiversidade.
O artigo foi publicado originalmente em Produtores Florestais.