A eurodeputada portuguesa, Isabel Estrada Carvalhais, eleita pelo Partido Socialista (PS) diz que “é tempo de avançar em conjunto para as soluções que possam ajudar os agricultores europeus nos desafios importantes para uma agricultura cada vez mais sustentável em todas as suas dimensões”. As declarações foram proferias no no Parlamento Europeu depois de terminada a negociação e sobe à votação no Parlamento Europeu (PE) a reforma da Política Agrícola Comum (PAC), que cruzou duas legislaturas e vários relatores.
Refira-se que, nestas negociações, foram alcançados alguns compromissos chave entre grupos políticos que representam uma maioria, nomeadamente em relação à chamada arquitectura verde da PAC no regulamento dos planos estratégicos da PAC.
Na sua intervenção na sessão plenária desta terça-feira, 20 de Outubro, a eurodeputada considerou que este é o resultado dos compromissos que foram necessários realizar, “imperfeito para o que são as nossas posições e ambições de partida, mas necessários para conseguir progredir”, referiu.
E ressalva ainda aquele que considerou um bom resultado dos compromissos no dossier do regulamento da OCM (Organização Comum dos Mercados) que “penso irão contribuir para o fortalecimento da posição dos agricultores e da defesa da produção agrícola europeia”.
“Documento-base deixava muito a desejar”
No âmbito do regulamento dos planos estratégicos Isabel Estrada Carvalhais destacou os compromissos alcançados, “compromissos esses que representam um passo no sentido positivo em relação a um documento-base que deixava muito a desejar”. Destacou ainda a proposta de introdução do conceito da condicionalidade social por parte dos Socialistas e Democratas (S&D) no PE.
Desafios continuarão na agenda
A eurodeputada voltou ainda a sublinhar importância que a actividade agrícola tem para as áreas rurais, em particular no apoio à sua manutenção em zonas mais desfavorecidas com constrangimentos naturais. “Apoiar a manutenção da actividade agrícola nestas áreas, é também apoiar a manutenção de áreas agrícolas de elevado valor natural, contrariar o abandono das terra e consequentemente, lutar pela preservação dos ecossistemas agrícolas e das espécies a eles associadas”, declarou.
A estratégia europeia para a preservação da Biodiversidade, com o Pacto Verde e a estratégia Farm to Fork – Do Prado para o Prato – continuarão na agenda do debate, com objectivos que deverão ser concretizáveis no âmbito da nova PAC.
O artigo foi publicado originalmente em Agricultura e Mar.