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Exploração ilegal de madeira lesa Moçambique em 180 ME por ano

A exploração ilegal de madeira em Moçambique tem lesado o Estado em cerca de 200 milhões de dólares (180 milhões de euros) por ano, “valor significativo” para o desenvolvimento do país, anunciou hoje o Ministério do Ambiente.

A verba serviria, por exemplo, para renovar as infraestruturas viárias destruídas por ciclones ou renovar por quase dois anos o apoio militar externo ao combate ao terrorismo no norte do país, de acordo com dados consultados pela Lusa.

Os números de evasão fiscal foram divulgados pelo Governo moçambicano a propósito do Dia Mundial da Floresta, que hoje se assinala, e após casos mediáticos de interceção de carga destinada a contrabando.

Em 2021, as autoridades moçambicanas recuperaram 76 contentores de madeira exportada ilegalmente para a China.

No ano anterior, as autoridades apreenderam quase 2.000 toros de madeira só na província de Tete, no centro do país, oriundos de exploração ilegal.

“O país tem vindo a implementar medidas que visam garantir o uso sustentável do património florestal, através do combate de tráfico, redução do desmatamento e da degradação florestal”, destaca o mesmo comunicado.

Revisões do quadro legal, implementação de um sistemas de gestão florestal, avaliação das autoridades locais e operadores, são medidas indicadas pelo Governo, a par da promoção do plantio.

Em Moçambique, as florestas ocupam 32 milhões de hectares correspondentes a cerca de 40% da área total do país, dos quais 17,2 milhões de hectares com potencial para a produção de madeira.

O setor florestal emprega 14 mil pessoas e conta com mil operadores dos quais um quinto em regime de concessão e os restantes em regime de licença simples.


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