“Em condições em que a Rússia fala da impossibilidade de garantir a segurança do transporte marítimo nessas áreas, tal acordo é difícil de aplicar. E assume um rumo diferente, mais arriscado, perigoso”, disse.
As declarações de Dmitry Peskov surgem numa altura em que vários navios ucranianos continuam a realizar exportações de cereais através do corredor seguro estabelecido pelo acordo.
No último sábado, na sequência de um ataque de drones contra navios russos no dia anterior, a Rússia retirou-se do entendimento para a exportação de cereais mediado pela ONU e pela Turquia.
A Ucrânia acusa Moscovo de procurar “chantagear o mundo com fome”, já que este entendimento tem assegurado a exportação de cereais essenciais para a segurança alimentar mundial, sobretudo entre os países mais pobres.
Dmitry Peskov adiantou ainda que as autoridades russas mantêm o contacto com a Turquia e Nações Unidas, mas recusou-se a responder sobre as condições e exigências da Rússia para retomar o acordo.
Recep Tayyip Erdogan, uma das figuras que ajudou à negociação do acordo, garantiu esta segunda-feira que irá continuará a defendê-lo apesar da suspensão russa.
“Embora a Rússia esteja hesitante porque não lhe foram oferecidas as mesmas facilidades, estamos determinados a continuar nossos esforços ao serviço da humanidade”, declarou o presidente turco.