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Exportações brasileiras de café caíram 20,3% em maio face a 2020

O Brasil, maior produtor e fornecedor mundial de café, exportou em maio 2,6 milhões de sacos (60 quilogramas) do grão, 20,3% a menos face ao mesmo mês de 2020, registando a segunda queda consecutiva nas vendas.

Os dados foram divulgados na sexta-feira pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que apontou que o recuo também foi verificado na faturação de 357,6 milhões de dólares (295,3 milhões de euros), uma queda de 13,2% em relação ao valor arrecadado em maio do ano passado.

Em abril, o a país sul-americano vendeu 3,3 milhões de sacas de café ao exterior e faturou 447,2 milhões de dólares (369,3 milhões de euros), o que representa uma queda de 8,5% e 7,4%, respetivamente, na comparação anual.

A queda de maio foi atribuída à continuidade dos entraves logísticos – falta de contentores e espaço nos navios – e aos ajustes que vêm sendo feitos no processo de modernização dos certificados de origem exigidos pela Organização Internacional do Café (OIC) para o embarque do produto.

Apesar dos retrocessos registados no mês passado no volume de vendas e na faturação, o presidente do Cecafé, Nicolas Rueda, destacou que o “volume tem sido recorde no acumulado da colheita”, o que reflete “a altíssima competitividade do café brasileiro no exterior”.

Nos primeiros cinco meses do ano, os embarques do café brasileiro alcançaram 17,7 milhões de sacas, num aumento de 5,1% em relação ao mesmo período de 2020.

Na mesma comparação, a receita gerada pelas exportações somou um recorde de 2.359 milhões de dólares (1,95 mil milhões de euros, um aumento de 4,9%.

No acumulado do ano, o principal destino do café brasileiro continua a ser os Estados Unidos, com 3,4 milhões de sacos comprados.

Em seguida, surge a Alemanha com 3,2 milhões de sacos, Itália (1,3 milhões), Bélgica (1,2 milhões) e Japão, com 981.400 sacos.

A variedade arábica representou 82,6% das vendas ao exterior, seguida da solúvel (8,7%) e da robusta (8,6%).

Em 2020, o Brasil exportou 44,5 milhões de sacos de café, volume 9,4% superior ao de 2019 e número recorde para o país, apesar da pandemia do novo coronavírus.


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