Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pela FIPA, em comunicado de imprensa, revelaram que as exportações da indústria alimentar e das bebidas atingiram um valor recorde de 8.190 milhões de euros em 2024.
A União Europeia (UE) representou 5.593 milhões de euros nas exportações da indústria alimentar e das bebidas, com os dados do INE a permitirem ainda perceber que no ano passado, e por comparação a igual período de 2023, há uma variação de 12,6% ao nível das exportações para os 27 Estados-membros.
 
Espanha mantém-se como o destino principal das exportações do setor nacional, representando quase 39%, sendo que os países que mais contribuíram para o aumento verificado nas exportações foram: Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.
Já as exportações para países fora do bloco comunitário europeu alcançaram em igual período 2.596 milhões de euros, o que representa um crescimento de 1,21% face a 2023. Brasil e Estados Unidos da América (EUA), com 13,9% e 4,2%, respetivamente, são os países que mais contribuíram.
 
A FIPA, citando os dados do INE, refere ainda que, por comparação a 2023, o défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas decresceu e situa-se agora em 5,44%.
“Os dados oficiais permitem perceber que a indústria alimentar e das bebidas tem sabido adaptar-se, antecipar-se e responder às exigências do consumidor, ao mesmo tempo que se afirma em mercados cada vez mais exigentes e contribuiu para mudar o perfil da economia portuguesa”, lê-se no comunicado de imprensa da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares.
Para Jorge Henriques, presidente da FIPA, “ao ultrapassar a barreira dos 8 mil milhões de euros, a indústria alimentar e das bebidas não só alcançou o objetivo previsto para 2024, como praticamente duplicou as exportações em valor na última década”. O responsável mostrou-se ainda otimista relativamente aos resultados em 2025, “apesar da situação tensa na economia global em função das guerras comerciais e pacotes tarifários de alguns países e blocos económicos”, indica a comunicação.
Jorge Henriques sublinhou ainda que as oportunidades devem continuar a surgir e defende “uma consolidação dos instrumentos ao dispor dos empresários para continuarem a sua afirmação internacional, uma política que vai para lá do apoio financeiro”.
 
Tendo como orientação o desafio de ter o setor a “crescer fora da Europa a 27”, sublinhou ainda o papel que o Ministério da Economia e da AICEP na promoção externa dos produtos nacionais.
Exportações da indústria alimentar e das bebidas crescem 10,6% até novembro
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.