«Exportar em época de crise é mais caro e demorado», Gonçalo Andrade, Portugal Fresh

Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh, revela que no setor das frutas, legumes e flores, o negócio das plantas ornamentais e flores é o mais afetado pela crise: «vive um momento dramático, com prejuízos elevadíssimos». As empresas foram obrigadas a destruir grande parte da produção por falta de procura, tanto em Portugal como nos mercados de exportação, que já representa 55% do volume de negócios do setor, avaliado em 602 milhões de euros. «Estimamos que vai haver um decréscimo enorme do valor da produção em 2020», afirma.

No segmento das frutas e hortícolas regista-se uma quebra nas vendas sobretudo devido fecho da restauração. As exportações para Espanha, principal destino dos nossos produtos hortofrutícolas (30%, 491 milhões de euros), viram-se reduzidas, com muitos dos mercados abastecedores encerrados no país vizinho. Os produtos mais perecíveis, como é o caso das framboesas, são dos mais afetados.

Exportar em época de crise é mais caro e demorado. Com os camiões a retornarem vazios do Centro e Norte da Europa, o custo dos fretes aumentou e os transit times são mais longos.

«Os nossos custos aumentaram e o valor dos produtos está abaixo do histórico. O desafio é gigantesco», conclui o presidente da Portugal Fresh.


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