Faça-nos um gesto Sr. Ministro… por favor! – Ricardo Freixial

Se não quiser colocar os indicadores sobre aos frontais para à semelhança do seu ex-colega, metaforicamente simular “cornos na cabeça” que lhe assentariam menos mal tendo em conta que a produção animal é uma actividade da tutela do seu Ministério, pode dar largas à sua imaginação, se é que possui alguma, e fazer outro gesto qualquer que nós não nos importamos… Não nos importamos que coloque os indicadores noutra qualquer parte do seu corpo ou que utilize os outros dedos, todos ou apenas uma parte ou até que utilize a mão ou as duas ou o que quiser Sr. Ministro…V. Exa. já não nos consegue chocar… Consigo vale tudo desde que faça mais um gesto que seja suficientemente chocante para que Sócrates finalmente o demita, ainda que tenha que entregar os destinos do Ministério da Agricultura também a Teixeira dos Santos que acumulando então a pasta das Finanças, Economia e Agricultura seria seguramente melhor Ministro da Agricultura que o Senhor.

Se não quiser fazer nenhum gesto Sr. Ministro, não faça…mas por favor aproveite a onda favorável e vá-se embora também. Os “gestos” que o Sr. tem feito que tanto tem prejudicado a agricultura, o Mundo Rural e consequentemente o país em geral, são de tal forma obscenos que quase remetem o gesto de Manuel Pinho para o código de boas maneiras e são mais do que suficientes para justificar a sua saída se possível hoje já, ontem, há quatro anos atrás… Manuel Pinho alega em sua defesa a criação de uns quantos postos de trabalho em Aljustrel e deixou algo na área das energias renováveis enquanto que a sua incompetência enquanto ministro da agricultura levou já milhares de agricultores a deixarem de o ser e lançou um tal desnorte de medidas que põem em causa a actividade, pois o solo, um património de todos nós, é um recurso facilmente degradável e de muito lenta e difícil renovação. Depois Sr. Ministro poupe-nos por favor a qualquer justificação ou pedido de desculpas não porque não nos sejam devidas (sobretudo ao País), mas apenas pela simples razão que nós e o País em geral estamos fartos de V. Exa. até à exaustão e não toleraremos mais a sua conversa nem sequer para pedir desculpas. Se assim o entender pode enviar-nos um “papelinho” daqueles “tipo recado” que envia a Sócrates nos mais “elevados” momentos de discussão na Assembleia da República. O estado da Nação e do sector é tal que prometemos não sobrevalorizar o estilo rasca da prática e mesmo sem o ler utilizá-lo-emos para a finalidade que mais jeito nos der no momento.

Ricardo Freixial
Agricultor

Para ser coveiro é preciso “muita calma” – Ricardo Freixial


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