A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês) está a apoiar Angola, com assistência técnica, no combate à praga de gafanhotos, que algumas províncias do sul do país enfrentam desde outubro de 2020.
A representante da FAO em Angola, Gherda Barreto, deslocou-se à província angolana do Cuando Cubango, no âmbito da comissão interministerial criada pelo Governo angolano para o combate à praga de gafanhotos.
Segundo Gherda Barreto, a FAO está a dar assistência técnica à comissão interministerial, que elaborou um plano nacional para o controlo e monitoramento dos gafanhotos.
“[A FAO está] nesta missão muito específica para a entrega de reforço de capacidades das brigadas comunitárias, com a entrega de materiais, para que estas consigam ajudar a estabelecer uma rede de controlo destes gafanhotos”, disse Gherda Barreto, em declarações emitidas pela rádio pública angolana.
A responsável salientou que o Estado angolano tem tecnologias disponibilizadas, sublinhando que será instalado um sistema de monitorização tecnológico utilizado por meio de satélites.
“Trabalhando sem Internet eles poderão enviar dados de onde está identificada a praga”, indicou.
Por sua vez, o diretor do gabinete provincial da Agricultura e Pescas, António Pereira Vicente, disse que por esta altura todo o equipamento está montado no município do Dirico, tendo já sido identificada a área afetada.
“Efetuamos a vigilância da área, o levantamento, vai começar a pulverização”, disse o responsável, que apontou para milhares de hectares de área vigiada, um perímetro mais restrito afetado e controlado, num trabalho orçado em cerca de 400 mil dólares (331 mil euros).
As equipas de trabalho no terreno terão à sua disposição atomizadores, pulverizadores, computadores e outros meios, que vão permitir a comunicação sobre a situação.
Além da província do Cuando Cubango, o Cunene foi igualmente afetado pela invasão do inseto.