Feira Nacional de Doçaria Tradicional de Abrantes decorre nos dias 24, 25 e 26 de outubro

Abrantes recebe de 24 a 26 de outubro a XXIII Feira Nacional de Doçaria Tradicional, numa edição que, além das iguarias da cidade anfitriã, de norte a sul do país e ilhas, assinala os 80 anos da maior estrada de Portugal, a Estrada Nacional 2 (EN2).

A feiira, organizada pelo Município de Abrantes e pela TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, volta a reunir, no último fim-de-semana de outubro, os segredos mais bem guardados das cozinhas dos conventos e das tradições populares, num verdadeiro roteiro gastronómico de norte a sul do país. Entre a panóplia alargada de doces, estão a Palha de Abrantes, as Tigeladas e as Broas Fervidas, destacam-se as tortas de Guimarães, os ovos moles de Aveiro, os pão-de-ló de Margaride e de Ovar, as queijadas de S. Gonçalo, as fogaças de Santa Maria da Feira, as morcelas doces de Arouca, os pastéis de Tentúgal, as cornucópias de Alcobaça, os cartuchinhos de amêndoa de Cernache do Bonjardim, os queijinhos do céu de Constância, o fidalgo, a sericaia e a encharcada do Alentejo, os bolos de mel de cana da Madeira e os bolos lêvedos dos Açores.

À descoberta da Nacional 2

Dedicadas às características do ícone turístico que liga Chaves a Faro, a Rota da Estrada Nacional 2, são as visitas do Palhinhas às escolas do pré-escolar e 1º ciclo do Ensino Básico do concelho. A esta edição, aderem 18 escolas públicas e privadas e abrangem perto de 1.800 crianças que irão criar e decorar um marco da N2 com elementos alusivos a Abrantes, à doçaria e à personagem identitária da história da Palha de Abrantes. A mascote e o tio estarão, também, na Feira da Doçaria a animar os pequenos com as suas performances.

Outros dos momentos dedicados à estrada mítica será o passeio de cicloturismo dinamizado pelos Branquinhos do Pedal, que convida os participantes a percorrer um troço do itinerário, na manhã do dia 26 de outubro.

O mote da N2 é partilhado, também, nas oficinas de doçaria pelas escolas da região com a oferta formativa na área da cozinha e pastelaria. O desafio é para pais e filhos ou avós e netos colocarem as mãos na massa e conhecerem produtos endógenos de Abrantes e Mação durante a tarde de sábado (dia 25).  A Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (EPDRA) irá ensinar a fazer três tipos de broas, que são tradicionais no Dia de Todos os Santos e, ainda, permitirá aos participantes conhecerem o projeto Domínios de Autonomia Curricular (DAC), desenvolvido no ano letivo passado, através de uma mostra de bolos secos. Já o Agrupamento de Escolas Verde Horizonte de Mação traz três receitas deliciosas: a queijada de presunto de Mação, o bolo de mel e poejo e os arabescos de mel. As oficinas são gratuitas e podem ser feitas nos sites da organização.

A Feira da Doçaria contará, ainda, com um stand da Nacional 2, que ao longo do certame irá evidenciar doces típicos de algumas das 35 localidades portuguesas por onde passa esta estrada.

Do fado à energia alentejana

A música será outro dos grandes atrativos deste certame da doçaria conventual e tradicional, compotas, mel e licores. Na sexta-feira (dia 24), o talentoso João Vaz, na guitarra portuguesa, far-se-á acompanhado pelos seus convidados para o espetáculo “Das raízes ao Fado”.

Já sábado, pelas 22 horas, sobe ao palco a banda revelação deste ano, Vizinhos, que nasceram em Évora e rapidamente se tornaram virais nas plataformas digitais com o tema “Pôr do Sol”. Conhecidos pelo refrão “Se achas Lisboa grande. O Alentejo ainda é maior”, os Vizinhos prometem trazer a energia da juventude alentejana à mais doce celebração de Abrantes.

Entre as atividades do programa, nomeadamente as dedicadas aos mais pequenos, no domingo, haverá Desfile Concelhio do Traje Popular com os grupos etnográficos a exibirem as suas vestes e a animarem este doce certame com algumas modas.

Com entrada gratuita, a vigésima terceira Feira Nacional de Doçaria Tradicional promete ser, uma vez mais, um ponto de encontro de famílias e amigos com a doçaria, compotas, mel e licores, permanente de Abrantes, Guimarães, Amarante, Felgueiras, Arouca, Santa Maria da Feira, Aveiro, Ovar, Montemor-o-Velho, Alcobaça, Caldas da Rainha, Sertã, Constância, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha, Ponte de Sôr, Reguengos de Monsaraz, Évora e Madeira.

O artigo foi publicado originalmente em Gazeta Rural.


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