As florestas tropicais em recuperação após desmate são uma fonte de emissão de carbono durante 10 anos, uma vez que o carbono libertado por matéria orgânica ou madeira em decomposição supera o absorvido pelas novas árvores em crescimento.
A conclusão consta de um estudo, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, que analisou as emissões de dióxido de carbono nas florestas da ilha de Bornéu, no sudeste asiático, a partir de medições feitas entre 2011 e 2017 a parcelas desmatadas em diferentes épocas.
O trabalho, dirigido por cientistas do Imperial College de Londres, no Reino Unido, concluiu que as florestas desmatadas, de forma moderada ou intensa, continuam a ser uma fonte de carbono 10 anos depois do desbaste, devido à matéria orgânica ou madeira em decomposição.
Estudos anteriores sobre a recuperação de florestas centraram-se na medição do crescimento das árvores para calcular a quantidade de dióxido de carbono – gás com efeito de estufa – extraído da atmosfera.
O novo estudo também mediu a quantidade de carbono libertado pelo solo para calcular o fluxo de gás que entrava e saía das parcelas de florestas desmatadas e não desmatadas.