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Fogo em Bustelo (Chaves) passou para território espanhol

O incêndio de Bustelo, que começou sexta-feira no concelho de Chaves, teve hoje uma “reativação muito violenta”, tendo já passado para território espanhol, disse à agência Lusa o Comandante Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real, Miguel Fonseca.

Neste momento, o fogo tem uma frente que “arde com muita intensidade” não havendo, contudo, populações em risco, contou.

As chamas já passaram para o lado espanhol, estando a ser combatido por um contingente desse mesmo país, explicou.

As principais dificuldades de combate ao fogo são, atualmente, as elevadas temperaturas e o vento forte que se faz sentir, contou.

O combate ao incêndio de Bustelo conta de momento com 172 operacionais, apoiados por 50 veículos e um meio aéreo.

O fogo começou pelas 14:45 de sexta-feira e foi dado como dominado durante a madrugada de sábado, mas nesse dia à tarde verificou-se uma reativação que ganhou grande dimensão devido ao vento forte e às altas temperaturas.

Também no distrito de Vila Real lavram dois outros incêndios, contíguos, nomeadamente em Murça e Vila Pouca de Aguiar, também considerados significativos pela Proteção Civil.

No domingo, a ANEPC registou danos em sete habitações, cinco das quais devolutas, e em vários anexos em consequência do incêndio que deflagrou em Bustelo, concelho de Chaves (Vila Real), enquanto o fogo do Fundão (Castelo Branco) causou danificações em vários anexos e uma habitação.

Portugal continental passou hoje para situação de alerta, o nível de resposta mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, depois de ter estado durante sete dias em situação de contingência (nível intermédio entre alerta e calamidade) devido ao risco extremo de incêndio rural e elevadas temperaturas.

A situação de alerta prolonga-se até às 23:59 de terça-feira, dia em que voltará a ser reavaliada a situação.


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