Franceses procuram quinta nos Verdes para crescer nos vinhos brancos

A Quinta do Pessegueiro, detida pelo fundador do maior grupo mundial de moda infantil, aposta na produção de brancos no Douro e quer “investir na região dos vinhos verdes, sobretudo nos alvarinhos”.

Em junho de 2012, Roger Zannier apresentava ao mundo o sonho que demorou quase três décadas a concretizar: produzir vinhos no Douro. O empresário francês que criou o maior grupo mundial de roupa infantil – fundado em 1962 e com dezenas de marcas, do segmento de baixo preço (Z, 3 Pommes, Alphabet, and MDP) ao premium (Confetti, Floriane, Absorba, Lili Gaufrette, and Chipie) – apaixonou-se pela região durante uma das visitas habituais a Portugal relacionadas com a atividade têxtil e comprou uma propriedade em São João da Pesqueira logo em 1991, dando início à reconversão de vinhas e plantação de novas áreas.

No entanto, a construção da adega só arrancou em 2008, ficando concluída dois anos depois, também o da primeira colheita, com o projeto da Quinta do Pessegueiro a ser finalmente inaugurado e os primeiros vinhos a serem dados a provar ao mercado em 2012, depois de um investimento na altura calculado em dez milhões de euros e com o objetivo de “produzir o melhor vinho português”. Volvida uma década, Marc Monrose, o borgonhês de gema que o sogro colocou à frente deste projeto, mantém a ambição de “ser um embaixador do vinho do Douro por todo o mundo”.

Em 2022, a faturação deste negócio rondou um milhão de euros, com os tintos a pesarem quase 80% – e o resto dividido quase por igual entre os brancos e os Portos. Uma em cada quatro vendas é feita nos mercados de exportação (França, Bélgica, Alemanha, Suíça, Dinamarca, Itália, Luxemburgo, Canadá Brasil, EUA, China e Vietname), sendo o “objetivo chegar aos 50% / 50%” na representação do mercado interno e externo. “O meu sonho é encontrar vinho do Douro em qualquer parte do mundo. Nos restaurantes encontro vinhos de França, de Itália, do Chile, de Napa Valley [EUA], mas é difícil encontrar tintos de Portugal. E temos vinhos fantásticos”, diz o gestor.

Por outro lado, Marc Monrose diz ao ECO que está a reforçar a aposta […]

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