Ministro da Administração Interna vai participar esta segunda-feira numa reunião que decorre em Bruxelas e vai avaliar a possibilidade de reforçar a frota de 12 aviões e um helicóptero pesado já no próximo ano.
A frota de meios aéreos de combate a incêndios que existe na reserva europeia de protecção civil (rescEU), composta este ano por 12 aviões e um helicóptero, não conseguiu dar resposta a muitos dos pedidos de ajuda que foram feitos pelos diversos países através no Mecanismo Europeu de Protecção Civil (MEPC).
Não se estranha, por isso, que Portugal, um dos países que mais accionaram esta frota este ano, se tenha abstido de o fazer em meados de Agosto, enquanto decorria o maior incêndio do ano, que destruiu cerca de 25 mil hectares na serra da Estrela.
A incapacidade de responder a alguns países em períodos críticos foi um dos motivos que levou o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarčič, a organizar esta segunda-feira, uma reunião em Bruxelas para a qual convidou os 27 ministros dos Estados-membros com a tutela da Protecção Civil e que vai avaliar a possibilidade de reforçar a frota aérea da reserva europeia já no próximo ano.
O ministro português da Administração Interna, José Luís Carneiro, vai participar na reunião informal, onde também se vai discutir se faz sentido tentar acelerar a entrada em funcionamento da frota permanente da reserva da UE, composta por meios próprios da União. Há três anos ficou decidida a aquisição de 12 Canadair novos, dois aviões anfíbios ligeiros Fire Boss (os únicos que já estão a operar) e nove helicópteros em primeira mão. A ideia é que seja possível responder a oito pedidos simultâneos de ajuda. Mas, face às dificuldades de resposta da indústria aeronáuticas, o primeiro Canadair só deve chegar em 2026 e o primeiro helicóptero em 2028.
Neste momento, o que existe é a chamada reserva de transição, formada por meios comprados pelos Estados-membros com apoios comunitários especificamente com esse objectivo e que deverá funcionar, […]