Funcho e poejo podem matar mosquito da dengue, defende investigadora portuguesa

 

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 –  01-11-2013

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Funcho e poejo podem matar mosquito da dengue, defende investigadora portuguesa

Plantas como o funcho e o poejo t�m potencialidade insecticida, podendo matar o mosquito que transmite a dengue, doen�a que infecta mais de 390 milhões de pessoas anualmente, diz a investigadora portuguesa que fez a descoberta.

Diara Rocha, investigadora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, falava � agência Lusa ap�s a apresentação do seu trabalho de doutoramento sobre o assunto num encontro cient�fico acerca das doen�as tropicais negligenciadas nos PALOP (Pa�ses Africanos de L�ngua Oficial Portuguesa), a decorrer na Funda��o Calouste Gulbenkian.

"A nível. laboratorial (…) podemos dizer que temos j� algumas plantas e compostos activos com potencialidade insecticida", declarou a cientista, adiantando ter estudado o funcho e o poejo, plantas que existem em Portugal e em Cabo Verde.

Cabo Verde registou uma epidemia da dengue em 2009, com 20.000 casos registados em quatro ilhas, o que representou 20 por cento da popula��o. � Madeira, o mosquito que transmite a doen�a chegou em 2004 e em 2012 foram registados 2.182 casos da dengue (um por cento da popula��o).

Diara Rocha assinalou as vantagens das plantas em rela��o aos insecticidas utilizados habitualmente, são menos prejudiciais, quer para as pessoas, quer para o ambiente, porque "muitas delas são medicinais", o funcho, por exemplo, � utilizado como ch�, e "são biodegrad�veis, não h� acumula��o no meio ambiente".

Outras vantagens são "ter um produto que existe no meio tropical e assim � mais acess�vel", cujo processamento não � muito complexo, ou seja, não exige t�cnicas muito sofisticadas que obrigam a um grande investimento. Foi tida em conta "a realidade dos países envolvidos".

O trabalho "propriedades larvicidas de plantas tropicais e mediterr�nicas no controlo de vectores da dengue e da malária" terminado este ano vai ser aprofundado pela investigadora, que pretende Também investigar "as capacidades repelentes" do funcho e do poejo.

Satisfeita com o resultado do trabalho, praticamente in�dito em Portugal, Diara Rocha explicou, no entanto, que a sua utiliza��o pr�tica tem ainda "um longo caminho a percorrer".

O encontro sobre Doen�as Tropicais Negligenciadas nos PALOP, promovido pelo Programa Gulbenkian de Ajuda ao Desenvolvimento e pela International Society for Neglected Tropical Diseases, procura incentivar a troca de experi�ncias e a criação de redes entre investigadores africanos e europeus.

Fonte:  Lusa


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