Furacão Melissa em alerta máximo: “tempestade do século” é do tamanho da Península Ibérica e vai atingir este país

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O furacão Melissa, de categoria 5, está prestes a atingir Jamaica com ventos que poderão ultrapassar os 280 km/h. As autoridades norte-americanas falam numa tempestade “catastrófica” e alertam para impactos graves em várias ilhas das Caraíbas.

De acordo com o jornal espanhol AS, o furacão Melissa aproxima-se rapidamente da ilha de Jamaica, que já declarou estado de emergência. A tempestade deverá atingir a região de St. Elizabeth, uma das mais férteis do país, conhecida pela sua produção agrícola. As previsões apontam para danos severos e interrupções generalizadas.

Trata-se de um fenómeno extremo. Classificado como categoria 5, o nível mais alto na escala Saffir-Simpson, o furacão Melissa apresenta ventos sustentados acima dos 280 km/h e um diâmetro de cerca de 18,5 quilómetros. As nuvens registam temperaturas entre -80 ºC e -90 ºC, um sinal da sua intensidade.

Trajetória em direção a Cuba e às Bahamas

De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, o furacão Melissa deverá deslocar-se nas próximas horas em direção ao leste de Cuba, alcançando o sudeste das Bahamas amanhã à noite (quarta-feira). Prevê-se que comece a enfraquecer apenas ao aproximar-se das Bermudas, na quinta-feira.

Apesar do seu percurso definido, os meteorologistas alertam que pequenas variações na trajetória podem alterar drasticamente as áreas mais afetadas. Por agora, o restante Atlântico mantém-se relativamente estável, sem novos sistemas tropicais formados.

As imagens de satélite revelam um olho de furacão perfeitamente delineado e um movimento em espiral que cobre uma área de cerca de 500 mil quilómetros quadrados, o equivalente a toda a Península Ibérica. As autoridades descrevem a situação como “potencialmente devastadora”.

Evacuações e alertas em várias ilhas

O Governo das Bahamas já emitiu ordens de evacuação para os residentes das ilhas de Inagua, Acklins, Crooked Island, Mayaguana e Ragged Island. A decisão foi tomada após a confirmação de que o furacão Melissa se dirige para o sudeste do arquipélago, onde se esperam rajadas violentas e marés destrutivas.

As autoridades norte-americanas estenderam também o alerta de furacão às ilhas Turcos e Caicos e às zonas centrais e sudeste das Bahamas, incluindo Exuma e os seus numerosos ilhéus. As condições adversas deverão intensificar-se nas próximas 48 horas.

Na Jamaica, a população reforça janelas e portas, procura abrigos e tenta proteger colheitas e gado. Muitos estabelecimentos comerciais foram encerrados e o abastecimento de energia já regista interrupções em várias zonas do país.

Alerta máximo nas Caraíbas

O furacão Melissa deverá afetar igualmente Porto Rico, Cuba, República Dominicana e Haiti, onde as autoridades já ativaram planos de emergência. As equipas de proteção civil permanecem em alerta para eventuais inundações e deslizamentos de terra.

Nos Estados Unidos, a Florida acompanha com atenção o avanço do sistema. Caso o furacão altere ligeiramente a sua direção, poderá provocar ventos fortes e marés perigosas na costa sul do estado no final da semana.

Meteorologistas descrevem o Melissa como “a pior tempestade do século” na região das Caraíbas. A violência dos ventos e a velocidade de deslocação tornam o fenómeno particularmente difícil de prever e controlar.

Solidariedade e mensagens de apoio

Entre as figuras que acompanham de perto a situação está Usain Bolt, natural de Jamaica. O atleta tem utilizado as redes sociais para partilhar números de emergência, rotas de evacuação e mensagens de encorajamento à população. “É momento de união e cuidado mútuo”, escreveu o velocista.

De acordo com o AS, os especialistas sublinham que o aumento da temperatura dos oceanos é um fator determinante no fortalecimento de furacões como o Melissa. O Atlântico tem registado valores recorde de calor, criando condições ideais para tempestades cada vez mais intensas.

Enquanto se aguarda o impacto direto em Jamaica, a população tenta preparar-se para o pior cenário. As autoridades recomendam que todos os residentes nas zonas costeiras procurem refúgio em locais seguros e sigam as instruções oficiais.

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