Uso dos recursos hídricos fica suspenso temporariamente a partir de 1 de Outubro para permitir enchimento de barragens, de Norte a Sul.
Parte do plano de poupança de energia do Governo para os próximos meses assentará na constituição de uma reserva estratégica de capacidade de produção de electricidade nas barragens portuguesas, de modo a limitar o consumo de gás natural, sem pôr em causa a segurança do abastecimento eléctrico.
Foi publicada esta terça-feira em Diário da República a Resolução do Conselho de Ministros que aprova “medidas preventivas” para “fazer face à actual situação e a eventuais disrupções futuras” no aprovisionamento de energia e que resultou da reunião realizada pelo executivo comandado por António Costa no dia 8 de Setembro.
Tendo em vista “a garantia da segurança do abastecimento de energia” e a necessidade de reduzir consumos de gás natural, nomeadamente nas centrais eléctricas de ciclo combinado, o Governo determinou que, estando o país em “situação de seca severa e prolongada”, é preciso acautelar a produção de energia hidroeléctrica.
O armazenamento total hídrico é actualmente “de aproximadamente 26% face à quantidade máxima de energia hidroeléctrica armazenável nos aproveitamentos hidroeléctricos nacionais, prevendo-se a sua diminuição”. Consequentemente, prevê-se igualmente “a redução da capacidade de produção de energia hídrica durante o Inverno”, lê-se na Resolução do Conselho de Ministros (RCM nº. 82/2022).
Com o frio a apertar na Europa e o país obrigado pelas recentes disposições europeias a reduzir a procura de gás, ao mesmo tempo que reforça a sua capacidade para receber e […]