Governo quer apoiar instalação de 10 mil novos agricultores

O objetivo é “fomentar benefícios, apoios e linhas de crédito” para jovens que se queiram instalar em espaços rurais

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, anunciou esta sexta-feira na Calheta, ilha Madeira, que o Governo pretende apoiar a instalação de 10 mil novos jovens agricultores ao longo da legislatura.

O governante vincou que a expectativa do executivo assenta, em grande parte, na elevação de 15 para 20 mil euros do valor mínimo do prémio à primeira instalação para os jovens agricultores, uma medida que resulta do Programa Nacional para a Coesão Territorial.

João Paulo Rebelo falava na sessão de abertura do ciclo de conferências promovido pela Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) e pela Associação de Jovens Agricultores da Madeira e Porto Santo (AJAMPS), que decorre durante o dia na Calheta, zona oeste da ilha.

“O Governo tem o dever de criar todas as condições para que a criatividade, capacidade de inovação e intervenção germine e se efetive”, afirmou o secretário de Estado, realçando que, atualmente, está ser preparado o Estatuto do Jovem Empresário Rural.

O Governo socialista de António Costa pretende, deste modo, “fomentar benefícios, apoios e linhas de crédito” para jovens que se queiram instalar em espaços rurais, designadamente em territórios do interior.

“Esta medida poderá vir a trazer um grande benefício para os jovens que queiram desenvolver a sua atividade profissional em territórios de baixa densidade populacional”, sublinhou João Paulo Rebelo.

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, manifestou-se, por seu lado, “muito otimista” quanto ao futuro do país.

“Portugal, hoje, é competitivo em qualquer área. Tem é de saber aproveitar as suas vantagens e o seu posicionamento geopolítico no mundo”, disse, sublinhando, no entanto, ser fundamental criar redes de relações comerciais, culturais e estratégicas com a diáspora.

“Nós temos empresários, políticos, entidades de relevante ação cívica em países determinantes para transformar Portugal num pivô central ao nível do Atlântico”, afirmou, indicando como exemplo os Estados Unidos, Canadá, África do Sul, Panamá, Venezuela, Colômbia e Brasil.

O Ciclo de Conferências Jovem Agricultor conta, hoje, com intervenientes como António Correia de Campos, Daniel Bessa, Augusto Mateus e Ângelo Correia.

O artigo foi publicado originalmente em DN.


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