A Grécia enfrenta hoje uma nova vaga de incêndios em vários pontos da península do Peloponeso, algumas horas após os bombeiros terem dado como controlados os fogos que lavraram nos últimos dias nos arredores da capital, Atenas.
O maior e mais perigoso incêndio no país lavra, atualmente, na região noroeste daquela península, perto do município de Ágnanta, na região de Élide.
Apesar da mobilização de 115 efetivos com 36 viaturas e oito meios aéreos, seis aviões e dois helicópteros, as chamas estão a aproximar-se das casas e o fogo propaga-se para Sul, com a ajuda de fortes rajadas de vento, onde se encontram as povoações mais habitadas de Rodiá e Luká.
Enquanto isso, outros incêndios de menor dimensão continuam a lavrar noutras partes do Peloponeso, assim como na região central do país, alimentados pelos ventos fortes que se fazem sentir no país.
Apesar de a onda de calor já ter perdido força em quase toda a Europa, vários incêndios continuam a lavrar, especialmente a Sul, na zona Mediterrânica.
Em Espanha, a melhoria das condições meteorológicas, tanto em termos de calor como de vento, está a ajudar à evolução favorável de vários fogos deflagrados nos últimos dias e muitas pessoas evacuadas das suas casas começam a poder regressar.
No entanto, vários incêndios continuam ativos no país, particularmente nas províncias de Ourense e Lugo (Galiza), Saragoça (Aragão), Zamora e Ávila (Castela e Leão), aos quais se juntou hoje um novo fogo na ilha de Tenerife (Ilhas Canárias).
Esta é já uma das piores épocas de incêndios em Espanha, nos últimos 10 anos, o que levou o Governo a prometer hoje levar à primeira sessão do Congresso, em setembro, o Estatuto Básico dos Bombeiros Florestais para melhorar as condições destes trabalhadores.
A situação está, ainda assim, mas complicada em Itália, com as equipas de intervenção a atuarem em 25 grandes incêndios no país, potenciados pela seca extrema e pela onda de calor que, prevê-se, continue ativa naquela região da Europa até ao final deste mês.
Só no dia de hoje, 14 grandes cidades, incluindo Roma, Florença, Génova, Milão e Turim, ativaram o mais elevado nível de emergência devido ao calor, enquanto as autoridades pedem a colaboração da população na luta contra o fogo, uma vez que “a maior parte dos incêndios florestais são causados por comportamentos negligentes e muitas vezes maliciosos”, referem.
A Eslovénia também combate aquele que já é considerado o pior incêndio da sua história, que já devastou cerca de 2.000 hectares e obrigou à evacuação de várias povoações, à medida que é combatido por mais de mil bombeiros daquele país, com o auxílio de tripulações austríacas e croatas.
Em França, os dois incêndios que deflagraram em 12 de julho, a sul de Bordéus, não progrediram nos últimos dias, de acordo com os bombeiros, mas também ainda não foram extintos e já queimaram 20.800 hectares de floresta.