 Realizou-se no dia 27 de outubro, nas instalações da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), em Lisboa, a 2.ª Reunião do Grupo de Acompanhamento e Monitorização do AKIS (Agricultural Knowledge and Innovation Systems).
Realizou-se no dia 27 de outubro, nas instalações da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), em Lisboa, a 2.ª Reunião do Grupo de Acompanhamento e Monitorização do AKIS (Agricultural Knowledge and Innovation Systems).
O encontro reuniu representantes das principais organizações nacionais dos setores agrícola e florestal, entre as quais a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a CONFAGRI, a CNA, a FENAFLORESTA, as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, Lisboa e Vale do Tejo, Centro, Norte e Alentejo, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), a Agência Nacional de Inovação (ANI), a Agrobio, a Autoridade de Gestão do PEPAC no Continente, bem como as Autoridades de Gestão das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, entre outros parceiros institucionais.
A sessão teve como principal objetivo definir as prioridades de ação do Plano AKIS de Portugal (2024–2027), instrumento que visa reforçar a cooperação entre a investigação, os serviços de aconselhamento e os agricultores, promovendo a inovação, a sustentabilidade e a competitividade do setor agroalimentar nacional.
Um dos resultados mais relevantes do encontro foi a decisão de instituir o “Dia Nacional AKIS”, uma nova iniciativa anual que reunirá todos os membros e redes do AKIS — incluindo instituições de investigação, serviços de aconselhamento, organizações de agricultores e entidades regionais — para dinamizar atividades conjuntas de partilha de conhecimento, inovação e cooperação em todo o país. Este evento pretende reforçar a visibilidade, colaboração e aprendizagem coletiva no ecossistema AKIS em Portugal.
Durante o período da tarde, foi abordado o papel do AKIS na redução do uso e do risco dos pesticidas, com destaque para a apresentação do projeto europeu Horizon Europe AdvisoryNetPEST e um debate participativo sobre barreiras e incentivos à adoção de práticas agrícolas inovadoras. As discussões incidiram sobre aspetos políticos, legais e éticos que influenciam a aplicação de novas abordagens, como sistemas digitais de monitorização, corredores de biodiversidade e controlo biológico.
Os participantes sublinharam ainda a importância de construir um “AKIS moderno”, que valorize o papel dos conselheiros agrícolas como mediadores de confiança entre a política, a ciência e a prática, promovendo formação contínua, mobilidade e cooperação técnica. Foi igualmente destacada a necessidade de reforçar as relações de confiança com os agricultores, simplificar procedimentos administrativos e garantir financiamento estável para os serviços de apoio ao conhecimento e à inovação.
A reunião terminou com a definição dos próximos passos de implementação do Plano de Ação AKIS, incluindo novos concursos de apoio à transferência de conhecimento, formação e quintas de demonstração. Estas medidas visam reforçar o sistema nacional de aconselhamento, incentivar a inovação interativa e assegurar que os resultados da investigação cheguem efetivamente aos agricultores, contribuindo para um setor agrícola moderno, sustentável e resiliente em Portugal.
O artigo foi publicado originalmente em Rede Rural Nacional.