Guiné-Bissau abriu hoje campanha de comercialização de caju

 

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 –  30-03-2013

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Guin�-Bissau abriu hoje campanha de comercializa��o de caju

O Governo de transi��o da Guin�-Bissau abriu hoje oficialmente a �poca de comercializa��o da castanha do caju, sem anunciar o pre�o da compra e venda daquele que � o principal produto de exportação do país.

A cerimónia de aberta oficial da campanha de caju (que decorre entre Março a Setembro) teve lugar em Quinhamel, 40 quil�metros a noroeste de Bissau, na presença do primeiro-ministro do Governo de transi��o, Rui de Barros, v�rios ministros, alguns embaixadores e do representante do secret�rio-geral das Na��es Unidas, Jos� Ramos-Horta.

Ao som de m�sica e sob o olhar atento de r�gulos (chefes tradicionais) da regi�o de Biombo, o presidente da Agência Nacional de Caju (ANCA), Henrique Mendes, explicou que o Governo de transi��o "quer disciplinar o sector", iniciando com a certifica��o do caju produzido na Guin�-Bissau, indicando na embalagem de exportação todas as caracterásticas do produto.

A partir deste ano Também não será permitido ao exportador a compra do produto directamente ao agricultor.

O Governo quer reduzir a fuga ao fisco entre os operadores na cadeia de compra e venda do produto, disse Henrique Mendes.

O presidente da ANCA frisou que o caju da Guin�-Bissau "� bem cotado no mercado internacional", mas considerou serem necess�rias medidas para melhorar a imagem e a fileira.

"A Guin�-Bissau � o quinto produtor mundial atr�s da �ndia, Costa do Marfim, Vietname e Brasil, mas em termos de qualidade possui a melhor castanha e am�ndoa do mundo", observou Henrique Mendes, para ilustrar os desafios para a melhoria da qualidade.

Em termos globais, o caju representa 98 por cento do total das exporta��es do país e mais de 16 por cento das receitas fiscais, notou o presidente da ANCA, destacando ainda que, em 20 anos, a Guin�-Bissau passou das 49 mil toneladas produzidas para 180 mil toneladas.

"Calcula-se que a plantação do caju no país seja de 210 a 220 mil hectares", afirmou Henrique Mendes, apontando o processamento local como a melhor alternativa.

O presidente da ANCA alertou, na ocasi�o, para "os perigos" que a Guin�-Bissau poder� vir a correr caso não opte rapidamente pela transforma��o local do caju em am�ndoa.

"A �ndia (principal comprador do caju no mundo) está a plantar de forma massiva, h� um aumento de produ��o de outros países e tudo junto, associado � constante volatilidade dos pre�os do caju no mercado internacional, � um perigo s�rio para o nosso país", enfatizou Henrique Mendes.

Em simult�neo ao an�ncio da abertura oficial da campanha de comercializa��o do caju, o primeiro-ministro guineense, Rui de Barros, procedeu a inauguração simb�lica de tr�s unidades de transforma��o do caju em am�ndoa, constru�das pela L�bia.

Fonte:  Lusa


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