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Guiné-Bissau confiante na exportação recorde de 240 mil toneladas da castanha de caju – Ministério do Comércio

O diretor-geral do Comércio da Guiné-Bissau, Lassana Fati, disse à Lusa que o país deverá bater o recorde de exportação da castanha de caju, num total estimado de 240 mil toneladas do principal produto agrícola do país.

Lassana Fati explicou que no início da campanha “havia algum receio” sobre as condições para assegurar o escoamento da castanha das mãos do agricultor no interior do país, até Bissau e de lá para a Índia, Vietname e China.

A Índia é a principal compradora da castanha da Guiné-Bissau.

“Os receios foram ultrapassados. A nossa previsão inicial era para exportar 200 mil toneladas. Mas, neste momento, já exportamos mais de 141 toneladas da nossa castanha”, afirmou o diretor-geral do Comércio.

Lassana Fati adiantou que ainda se encontram nos armazéns em Bissau, “à espera de exportação” cerca de 100 toneladas, que deverão ser escoadas, “o mais tardar” até finais de novembro.

Dados da Agência Nacional do Caju – ANCA – indicam que no ano passado a Guiné-Bissau exportou 231 toneladas da castanha do caju, o que representa 90% de todas as vendas do país para o estrangeiro.

De acordo com o diretor-geral do Comércio, a procura pela castanha guineense, “conhece neste momento algum refreamento” pelo facto de os compradores internacionais estarem mais virados para o mercado moçambicano.

“Mas pensamos que até finais de novembro vamos exportar o resto da castanha que já se encontra nos armazéns em Bissau. Não há nenhum alarme”, observou Lassana Fati, confiante na “boa resposta” dos compradores.

O Governo da Guiné-Bissau emitiu este ano 43 licenças de exportação da castanha de caju do país.

O diretor-geral do Comércio esclareceu que ainda há “alguma castanha” nas regiões de Bafatá e Gabu, no leste e nalgumas localidades do sul, que será transferida para a capital.

Alguns setores que intervêm no processo de exportação da castanha do caju têm vindo a criticar o Ministério do Comércio pelo facto de ainda existir “muito caju” no interior do país.


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