Guterres vincula fogos em Portugal à crise climática e diz estar atento à situação

image

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse esta quarta-feira à Lusa estar a acompanhar a situação dos fogos em Portugal com muita atenção e vinculou esse cenário ao agravamento da crise climática.

Em resposta à Lusa, em Nova Iorque, Guterres que tem na questão ambiental uma das prioridades do seu mandato, frisou que a “crise climática é um fator multiplicador de todas as tragédias que assistimos”.

“Tenho estado a acompanhar a situação dos fogos em Portugal com muito atenção”, disse o secretário-geral das Nações Unidas numa conferência de imprensa.

“É absolutamente evidente que o agravamento dos incêndios em Portugal, o agravamento das cheias na Europa central e oriental, o agravamento das cheias na Nigéria e um conjunto de outros desastres que vemos multiplicar por toda a parte no mundo tem uma relação direta com o agravamento da crise climática. Hoje ninguém tem dúvidas a esse respeito”, advogou.

Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.

António Guterres recorreu também às redes sociais para abordar os incêndios florestais em Portugal, destacando que “os extremos climáticos estão a deixar um rasto mortal de destruição por toda a Europa”.

“Os meus pensamentos estão com todos os afetados. Precisamos de Ação Climática que corresponda à escala e urgência da crise”, escreveu o ex-primeiro-ministro na rede social X.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.

Continue a ler este artigo no Rádio Renascença.


Publicado

em

,

por

Etiquetas: