Guterres visita Odessa e garante que navios “vão continuar a partir com milhões de toneladas de cereais”

O secretário-geral da ONU considera que estes navios que saem de Odessa com toneladas de cereais transportam também “uma esperança para alimentar o mundo”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou, esta sexta-feira, que no último mês já partiram 25 navios do porto de Odessa e assegurou que “vão continuar a partir com milhões de toneladas de cereais”.

“Os navios também transportam a esperança de alimentar o mundo. São uma esperança para os mais vulneráveis”, disse Guterres durante uma visita ao porto de Odessa, apelando aos países desenvolvidos “que façam mais para baixar o preço dos alimentos”. O secretário-geral da ONU relembrou que a subida dos preços dos alimentos “reduz a capacidade de alimentar os mais vulneráveis”.

“Sei que não é um passo fácil, tem que ser um acordo feito por duas partes. O caminho será longo, mas terá de ser dado”, sustentou, defendendo que “sem fertilizantes em 2022, não haverá produção agrícola e comida em 2023”.

Guterres visita porto de Odessa. Imagens cedidas à TSF por Saviano Abreu

“O mundo tem que continuar a melhorar no que diz respeito à crise alimentar. O mundo está cheio de distrações, mas o objetivo é chegar à paz alinhada com aquilo que é o bem comum de todos”, disse.

Referindo-se a Odessa, Guterres sublinhou que a região “faz parte de uma solução maior”, esperando que na sua próxima visita consiga ver a “vivacidade da cidade” que, nesta altura, estará marcada pelo conflito.

Mais cedo, o porta-voz da Região Administrativa Civil e Militar de Odessa considerou que a visita de António Guterres à Ucrânia “é o regresso do estatuto que a ONU já devia ter assumido desde o início da guerra”.

Em declarações à Lusa junto da sede da administração regional, Serhii Bratchuck observou que “é uma grande honra que o líder das Nações Unidas venha a Odessa [sul da Ucânia] pela primeira vez na história”, numa visita programada para hoje e um dia depois de se ter avistado em Lviv, no oeste, com os presidentes […]

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