A água está mal distribuída, no tempo e no espaço, o que se resolve com a “auto-estrada da água do interior”, um sistema de transferência de caudais (Douro-Tejo-Guadiana-Algarve), constituído por estações de bombagem e canais ao longo do interior do país, apoiado nalgumas barragens, com custos bastante acessíveis.
Muito se tem falado, nos últimos tempos, sobre a água que vem de Espanha, nos diversos rios que partilhamos. Surge a notícia de os agricultores espanhóis da região do Douro não quererem que a água lá armazenada, em barragens que eles ajudaram a pagar, seja agora derivada para cá, como já tinha surgido, há tempos, relativamente ao Tejo.
Não vale a pena criticar Espanha, falar do acordo de Albufeira que regulamenta os caudais mínimos dos rios internacionais (que os espanhóis até cumprem, ao contrário dos portugueses …). Espanha está, e estará sempre, a montante de Portugal, e sempre que a água escassear, o que irá acontecer cada vez com maior frequência, a situação será esta, cada um a defender os seus interesses.
A solução passa por Portugal deixar de se queixar e fazer o que Espanha já fez há muitos anos, instalar sistemas hidráulicos que permitam por um lado, armazenar água e, por outro, distribuí-la racionalmente, transferindo-a de onde ela está em excesso, a Norte, para […]