joão catarino

ICNF “autorizado” a contratar 100 técnicos superiores e 250 sapadores florestais

O secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, Paulo Catarino, anunciou que já amanhã deverá abrir um concurso público para contratação de 25 novos técnicos superiores para o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Segundo aquele governante, este será apenas um primeiro lote de contratados, num total de 100 que a tutela tem “autorização” para abrir procedimento. Adiantou ainda o investimento em recursos humanos por parte da tutela, passará também pela contratação de um total de 250 novos bombeiros sapadores florestais. Paulo Catarino falava esta quinta-feira à tarde durante uma visita à Mata Nacional do Camarido, em Caminha, onde decorrem trabalhos de rejuvenescimento arbóreo. Em breve será apresentada uma candidatura a fundos comunitários (PDR 2020) para financiamento de “uma terceira intervenção estruturante”, que abrangerá 80 hectares da mata, num investimento de cerca de 62 mil euros.

“Sinto um grande orgulho na transformação que o ICNF está a ter ultimamente. Foi feito um investimento de quase 10 milhões de euros em equipamento e recursos materiais. E vai sair amanhã (sexta-feira) ou na próxima semana um concurso para 25 técnicos superiores, que irão fazer parte de 100 que o ICNF tem autorização, neste Orçamento de 2020, para contratar. É um rejuvenescimento enorme desta casa”, disse Catarino, assinalando ainda que foi concluído o concurso e decorre o processo de seleção “de 100 bombeiros sapadores florestais que vão entrar até ao final do ano para os quadros do ICNF”. Aqueles novos elementos, a colocar em concelhos como Paredes de Coura, Portalegre e Proença-a-Nova, adiantou, integram “um total de 250 que temos autorização para contratar”. “Juntando os 52 CNAF (Corpo Nacional de Agentes Florestais) da Peneda Gerês, que tomaram posse este ano, os quase 2000 sapadores florestais que direta ou indiretamente são pagos pelo ICNF, estamos a falar de alguns milhares de novos agentes públicos que não vão para Lisboa ou para o Porto, vão para o território onde faziam mais falta”, afirmou, concluindo: “A administração central está a voltar ao território pela mão do ICNF, que é a instituição que faz mais sentido estar nele”.

A Mata Nacional do Camarido, com cerca de 140 anos de existência tem sido alvo de intervenções de rearborização, eliminação de infestantes e plantação de espécies autóctones desde 2011.

“Tudo indica que já em outubro poderemos ter trabalhos de continuidade no Camarido e a candidatura vai-nos permitir ir a um conjunto de talhões que, na conjugação com o trabalho já feito, resultará numa intervenção na plenitude desta mata”, declarou o Presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, lamentando críticas de que tem sido alvo aquela autarquia por causa do desbaste visível naquela zona florestal. “É uma área muito ingrata. Não há muitos aplausos para o trabalho de gestão florestal. Não há propriamente um apoio popular a este trabalho que é duro. As pessoas não compreendem, só compreendem quando o trabalho não é feito e as desgraças acontecem”, comentou.

Segundo Rui Batista, gestor da Mata Nacional do Camarido, as intervenções, no âmbito do Plano de Gestão Florestal, visam também a substituição de “arvoredo decrépito”. “Há uma área da mata que tem talhões onde a idade média das árvores de 140 anos, que são os mais próximos da orla costeira e é preciso substituir”, disse.

As novas plantações incluem pinheiros bravo e manso, sobreiros, carvalho e acer.


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