II Encontro dos Orizicultores Portugueses

 

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 –  16-09-2014

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APOR – Associação Portuguesa dos Orizicultores

II Encontro dos Orizicultores Portugueses

Mais de uma centena de orizicultores principalmente do Vale do Mondego e Vale do Sado, reunidos no dia 12 de Setembro 2014 no II Encontro Nacional de Produtores de Arroz realizado em Benavente, numa iniciativa promovida pela APOR – Associação Portuguesa dos Orizicultores com a colaboração da Associação dos Agricultores do Distrital do Setúbal, exigem que a senhora Ministra da Agricultura cumpra as promessas feitas em Dezembro de 2013 numa reunião com a APOR no Ministério da Agricultura.

Nesta iniciativa participaram como convidados, para além da Câmara Municipal de Benavente, a ANIA – Associação Distrital dos Industriais de Arroz, a CNA – Confederação Nacional da Agricultura, a DRALVT – Direcção Regional de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo, assim como representantes dos Grupos Parlamentares do Partido Ecologista “Os Verdes” e do Grupo Parlamentar do PCP. Os outros Grupos parlamentares apesar de convidados não se fizeram representar.

Passados nove meses da dita reunião com a Ministra da Agricultura as promessas não cumpridas, a saber :

– Campanha de promoção do arroz carolino nacional;

– o Ministério da Agricultura fazer reuniões com a indústria e distribuição para sensibilização em relação ao escoamento e preços á produção;

– Intensificar a fiscalização ás Importações;

– Proibições de Dumping – (preços de venda inferiores aos preços de custo na produção );

– A intenção de se imporem contratos obrigatórios na compra do arroz á produção;

Os produtores de arroz presentes neste Encontro aprovaram um Caderno de Conclusões que foi entregue ao senhor Presidente da Câmara de Benavente e que vai ser enviado aos Órgãos de Soberania, Presidente da República, Primeiro-Ministro, Assembleia da República, entre outros.

Nestas conclusões os orizicultores dizem á Senhora Ministra da Agricultura e ao Governo que quem não cumpre o que promete, não merece a nossa credibilidade nem apoio.

Reclamam que o preço do arroz á produção tem de uma forma faseada e com a maior rapidez, de ser pago aos produtores a 40 cêntimos/Kg.

Querem a valorização do arroz carolino nacional (considerado o de melhor qualidade nos países produtores na União Europeia), junto dos consumidores.

Reclamam escoamento da produção nacional de arroz, e uma intervenção do governo nas importações desnecessárias.
É grave o que se passa com a produção nacional de arroz; os industriais forçados ou não pelas grandes cadeias de distribuição, nos preços à produção em 2013 pagaram menos cerca de 15% em relação ao ano de 2012, ou seja preços entre os 25 e 28 cêntimos/Kg.

Em 2008 por exemplo o preço á produção rondava os 40 cêntimos/kg , um preço justo, tendo em conta as nossas despesas. Os custos com um hectare de arroz andam na ordem dos 2.000/ha, quando pelo que nos ofereceram o rendimento não chegou aos 1500 euros/ha (tendo em conta uma média de produção de 5.000 Kg/ha no Baixo Mondego, sendo ligeiramente mais alta no Sul).

Assim não podemos trabalhar. Na cadeia da produção/comercialização do arroz, os produtores continuam a ser os que menos recebem e os que mais gastam.

Se o Ministério da Agricultura e o Governo não tomarem medidas concretas na defesa da produção nacional de arroz, podem contar com a luta dos produtores de arroz e das suas organizações.


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Artigos

  • AgroNotícias (11/09/2014) – Amanhã em Benavente produtores de arroz vão reclamar medidas efectivas do Governo para o sector


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