III Encontro Nacional Biotecnologia e Agricultura: O Futuro � Agora

 

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 –  19-06-2013

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CONCLUS�ES

III Encontro Nacional Biotecnologia e Agricultura: O Futuro � Agora

Trinta anos ap�s a primeira demonstra��o de que � poss�vel obter plantas geneticamente modificadas, 170 milhões de hectares e mais de 17,3 milhões de agricultores em todo o mundo utilizam variedades melhoradas com recurso a esta tecnologia, o que corresponde a cerca de 10% de ocupa��o da área ar�vel mundial.

Durante estes trinta anos 300 milhões de euros foram gastos, por mais de 400 grupos de investiga��o, s� na Europa, para se estudar os n�veis de segurança destas variedades, confirmando-se que estas variedades são mais seguras que as convencionais e que não colocam riscos superiores aos das variedades melhoradas por outras metodologias.

Ap�s tr�s milhares de milhões de refei��es contendo produtos provenientes destas variedades, não se detectaram quaisquer casos de Saúde pública. Da mesma forma não existem registos de impactos negativos na Saúde dos animais que são alimentados com ra��es contendo estas variedades.

Durante estes trinta anos, novos m�todos foram sendo desenvolvidos com recurso � tecnologia do DNA recombinante e novas variedades vegetais foram produzidas através do m�todos de RNA de interfer�ncia ou da transforma��o de cloroplastos. M�todos mais recentes que permitem a edição do DNA das plantas estáo j� dispon�veis. Por todo o mundo as instituições públicas desenvolveram solu��es para os mais variados problemas agr�colas, agro-alimentares e ambientais, os quais se encontram � espera de uma oportunidade para serem testados.

Apesar do grande sucesso desta tecnologia de melhoramento, a União Europeia encontra-se numa situa��o de impasse pol�tico sendo incapaz de tomar uma decisão quanto � utiliza��o dos produtos desta tecnologia e recusando a aprova��o de novos eventos com base no conhecimento cient�fico.

Existem acumulados cerca de 50 anos de atrasos na tomada de decisão sobre produtos submetidos para aprova��o. Esta incapacidade prejudica a economia europeia: calculam-se em mais de 9,6 mil milhões de euros os custos desnecess�rios associados e mais de 443 milhões de euros de lucros perdidos pelos agricultores europeus. Devido a esta incapacidade para decidir o n�mero de ensaios de campo na Europa tem vindo a diminuir, apesar de existirem novos eventos, como o que permite melhorar a absor��o do f�sforo pelos animais ruminantes, reduzindo os impactos ambientais da excre��o e acumula��o no solo de f�sforo, ou o que aumenta o teor de omega3 em soja e em colza, melhorando as caracterásticas dos �leos alimentares produzidos a partir destas plantas.

Com a sua posi��o, a União Europeia não s� está a prejudicar a sua economia, impedindo os seus agricultores de usufru�rem desta tecnologia e obrigando-os a competir em desigualdade com agricultores de países terceiros, como Também condiciona a utiliza��o desta tecnologia em países de outros continentes como � o caso de muitos países africanos.

H� vantagens econ�micas claras para o agricultor em utilizar, nas situa��es em que tal se justifica, em sistemas agr�colas integradas e devidamente geridos, as variedades melhoradas com recurso � biotecnologia. Os agricultores europeus t�m que ter o direito a optar pelas variedades que lhes permitem rentabilizar as suas explora��es, garantindo-lhes redu��es de custos de produ��o e maximizando-lhes as produtividades.

Na Europa, a Rede de Agricultores e Cientistas (Farmers-Scientists Network) desenvolve-se com a finalidade de fortalecer a voz dos agricultores e da ci�ncia no debate europeu sobre a adop��o da agrobiotecnologia.

Num mundo em mudan�a, em que seráo necess�rios aumentos de produtividade de cerca de 30% para alimentar uma popula��o, que em 2050 se espera ser de 9 mil milhões de pessoas, em que as altera��es clim�ticas condicionam as produ��es e em que � imposs�vel aumentar a área de solo ar�vel, s� a utiliza��o de todo o conhecimento cient�fico disponível. permitirá � agricultura alcan�ar os objectivos de sustentabilidade ambiental, mas Também social e econ�mica, que lhe são exigidos. A agrobiotecnologia tem um contributo decisivo a dar neste contexto.

Fonte:  CiB


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