Segundo dados do Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais desta sexta-feira já há mais de 16 mil hectares afectados por este fogo, que esta manhã está a ser combatido por mais de 1600 operacionais apoiados por oito meios aéreos. Mais de 95% da área destruída está dentro do Parque Natural da Serra da Estrela.
O incêndio que destrói há seis dias a Serra da Estrela é dos maiores fogos registados no país em áreas protegidas. É essa a convicção de ambientalistas ouvidos pelo PÚBLICO, uma realidade que as estatísticas sobre a área ardida na Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP) parece apoiar. O fogo atingiu alguns tesouros da serra e manchas florestais que escapavam há muitas décadas à fúria das chamas.
O Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais (conhecido pela sigla inglesa EFFIS), que, através do recurso a imagens de vários satélites, permite detectar fogos com áreas ardidas superiores a um hectare, contabilizava na manhã desta sexta-feira 16.310 hectares afectados pelo incêndio da Serra da Estrela, que deflagrou na madrugada do passado sábado.
Pelas 9h desta sexta-feira o fogo estava a ser combatido por mais de 1600 operacionais, apoiados por oito meios aéreos e mais de 500 veículos, informava a página da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, que classificava nessa altura esta como a única “ocorrência importante”.
O vice-presidente da associação ambientalista Guardiões da Serra da Estrela, Manuel Franco, explicava esta quinta-feira ao PÚBLICO que nos 14 mil hectares contabilizados pelo EFFIS no final do dia mais de 95% são dentro do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), constituído em 1976 e que conta actualmente com uma área de 89 mil hectares. “Mais de 13.500 hectares da área afectada estão dentro do parque, que já deve ter sido atingido em 15% da sua área”, afirma o ambientalista.
Para se perceber a dimensão […]