Pelos caminhos sinuosos de uma área natural considerada Património da Humanidade, flagelada pelas chamas desde sábado, moradores lamentam “intransigência” do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
A angústia e o medo são, por estes dias, os sentimentos que invadem as populações cercadas pelas chamas em pleno Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE).
Entre Valhelhas, Vale de Amoreira e Sameiro, no concelho da Guarda, área que continua sem comunicações, por caminhos íngremes e de difícil acesso, encontram-se esta quinta-feira rostos impregnados de tristeza e aflição, desde o deflagrar de um incêndio na vizinha Covilhã no passado sábado.
Para Manuel Sequeira, de Vale de Amoreira, as últimas 24 horas só podem ser classificadas como um verdadeiro “inferno”.
“Isto mete medo, ontem à noite aqui parecia um inferno, parecia mesmo”, confessa à Renascença. “Via-se todo um grande clarão que metia medo, e nós temíamos que passasse […]