Os pagamentos dos apoios às empresas afetadas pelos incêndios de outubro de 2017 rondam os 90,1 milhões de euros, faltando entregar 11,3 milhões, segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
De um total de 422 empresas lesadas há cinco anos e que apresentaram candidaturas ao Sistema de Apoio à Reposição da Competitividade e Capacidades Produtivas (REPOR), tinham sido “aprovadas 357 operações com um apoio de 101,4 milhões de euros e os pagamentos já efetuados totalizam o valor de 90,1 milhões de euros”, de acordo com dados da CCDRC atualizados no dia 30 de setembro.
“O REPOR teve como objetivo a recuperação dos ativos empresariais danificados pelos incêndios de dia 15 de outubro de 2017, nos municípios das regiões Centro e Norte particularmente afetados, tendo sido apoiadas, nomeadamente, a aquisição de máquinas, de equipamentos e de material circulante de utilização produtiva e as despesas associadas a obras de construção necessárias à reposição da capacidade produtiva”, recorda a comissão no espaço “Reerguer dos incêndios”, inserido no seu portal da internet.
A presidente da CCDRC, Isabel Damasceno, fez à Lusa um balanço “claramente positivo” da aplicação do REPOR e do Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente (PARHP).
No incêndio de 15 de outubro de 2017, cuja principal frente começou no concelho da Lousã, morreram 50 pessoas e cerca de 70 ficaram feridas, tendo sido destruídas total ou parcialmente cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas, além de infraestruturas públicas, explorações e alfaias agrícolas, viaturas, pastagens e rebanhos.
O município de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, foi um dos mais afetados, com 13 mortos e 97% da área florestal ardida.