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Incêndios/Algarve: Nove aeronaves militares apoiam combate às chamas

Nove aeronaves militares estão a apoiar o combate ao incêndio que deflagrou em Castro Marim, além de dois destacamentos de engenharia e duas máquinas de rasto do Exército, anunciou hoje o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).

Em comunicado enviado às redações, o EMGFA refere que se encontram “a operar, a partir da Base Aérea N.º 11 (BA11), da Força Aérea, em Beja, nove aeronaves em apoio ao combate ao incêndio na localidade de Castro Marim, no Algarve”.

“Destas aeronaves fazem parte dois ‘Fire Boss’ do Centro de Meios Aéreos (CMA) constituído na BA11, dois ‘Canadair’ do CMA de Castelo Branco e quatro ‘Fireboss’ dos CMA de Ponte de Sor e de Viseu, que foram movimentados para a base, assim como um helicóptero “Koala” da Força Aérea, que efetua a coordenação dos meios”, elenca o EMGFA.

A nota indica que, “no apoio ao combate a este incêndio, o Exército tem, igualmente, empenhados dois destacamentos de engenharia, com duas máquinas de rasto, que apoiam no combate indireto ao incêndio, na proteção das populações e no rescaldo”.

O EMGFA salienta ainda que “a Marinha, o Exército e a Força Aérea prosseguem o reforço ao dispositivo nacional de vigilância e deteção de incêndios rurais, em apoio à ANEPC, à Guarda Nacional Republicana e ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, nomeadamente, à data de hoje, com 38 equipas, num total de 76 militares, a efetuar patrulhas terrestres (10 equipas da Marinha e 28 equipas do Exército) em vários pontos de Portugal Continental”.

Neste âmbito, encontram-se também a operar “a partir da Lousã e Beja” dois veículos aéreos não tripulados da Força Aérea, e dois ‘drones’ do Exército em Portalegre, “no apoio das patrulhas terrestres”.

“Em termos de aeronaves tripuladas, um P-3C encontra-se a fazer vigilância aérea entre Macedo de Cavaleiros e Beja, encontrando-se, igualmente, em prontidão, um helicóptero de asa rotativa, na Lousã”, acrescenta o EMGFA.

O incêndio rural que deflagrou na segunda-feira em Castro Marim, e que lavra em mais dois municípios do Algarve, foi dominado às 16:02, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro.

“Agora, durante o resto do dia vão prosseguir os trabalhos de consolidação de rescaldo”, explicou a mesma fonte, ressalvando que o risco de o incêndio voltar a constituir perigo é neste momento “diminuto”.

Este incêndio deflagrou na madrugada de segunda-feira na freguesia de Odeleite, no concelho de Castro Marim, mas estendeu-se para os municípios vizinhos de Vila Real de Santo António e de Tavira, obrigando a retirar de habitações cerca de 80 pessoas.

Num balanço feito ao final da manhã de hoje, o comandante das operações de socorro, Richard Marques, disse que a área ardida era de 9.000 hectares.

Pelas 18:50 o fogo mobilizava 533 operacionais, apoiados por 189 veículos e três meios aéreos, segundo a página da Proteção Civil nacional.

O comandante das operações de Socorro, Richard Marques, explicou entretanto à Lusa que, embora haja nove aeronaves envolvidas na operação, as três que aparecem indicadas na página da Proteção Civil sao “as que estão em atividade no momento”, porque elas vão-se revezando.


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