Incêndios: António Costa e Marcelo de discursos alinhados

Incêndios: António Costa e Marcelo de discursos alinhados

“Percebemos que íamos entrar num período complexo e que tínhamos um barril de pólvora em mãos”, assume Patrícia Gaspar ao Expresso. Oposição critica estratégia de responsabilização individual

A mensagem é a mesma que foi usada na pandemia: é preciso que cada cidadão seja um agente de saúde pública. Depois de dois anos a fazer pedagogia em torno da Covid-19, o Governo recorre à mesma técnica para os incêndios. “Por mais limpa que a floresta esteja e por mais reforçado que esteja o dispositivo, risco zero não existe”, diz ao Expresso a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar. Com o problema crescente das alterações climáticas, com meios de combate finitos e havendo caminho a fazer na reforma da floresta, a responsabilidade, diz, tem de ser “partilhada”.

António Costa deu o mote quando cancelou a viagem que tinha a Moçambique e se envolveu pessoalmente nos apelos à população. “Só deixa de haver incêndios se a mãozinha humana não provocar incêndios”, disse logo na segunda-feira em Coimbra. Seguiu-se idas a Lousã, Viseu, e uma visita ao Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Lisboa; depois Vila de Rei e uma reunião com o IPMA para decidir prolongar a contingência até domingo. “Mais vale prevenir do que remediar”, notou o Presidente na quinta-feira, elogiando a presença de Costa no terreno e reforçando também ele os sucessivos apelos ao civismo […]

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