O presidente da Câmara de Ansião, no distrito de Leiria, reclamou hoje mais meios aéreos para uma rápida consolidação do rescaldo do incêndio, que já destruiu várias casas devolutas.
“Temos ainda alguns focos e mais uma vez tenho de dizer que é preciso fazer uma análise à coordenação dos meios. Se tivéssemos, neste momento, um ou dois meios aéreos a fazer descargas, em duas horas tínhamos a situação resolvida”, afirmou o presidente António Domingues.
Segundo o autarca, a noite “foi complicada”.
“Só quem conhece o concelho sabe que só por milagre não arderam casas de primeira habitação. Houve muitas casas devolutas que foram destruídas”, adiantou.
“Não quero uma tarde como a de ontem, mas também já ardeu quase tudo”, resignou-se.
O fogo em Ansião resulta de um incêndio no concelho de Pombal, que deflagrou na sexta-feira, pelas 14:50.
Segundo o sítio na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 12:47, estavam no terreno 502 operacionais, apoiados por 129 viaturas e seis meios aéreos.
O Governo decidiu hoje prolongar de sexta-feira para domingo a situação de contingência em Portugal Continental devido às previsões meteorológicas, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
Oito distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.