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Incêndios: Câmara de Ansião pede mais meios “para evitar catástrofe”

O presidente da Câmara de Ansião, António José Domingues, pediu hoje mais meios para combater o incêndio que reativou neste concelho do distrito de Leiria, de forma a “evitar uma catástrofe”.

“Necessitamos de mais meios”, afirmou à agência Lusa António José Domingues, frisando que “a situação está crítica”.

O autarca, que falava à Lusa pelas 18:20, destacou que “o fogo está à volta da aldeia” de Mogadouro, na freguesia de Santiago da Guarda, encaminhando-se para o concelho vizinho de Pombal, onde o incêndio começou na sexta-feira.

António José Domingues adiantou que pelo menos duas habitações, presumivelmente desabitadas, arderam e várias pessoas tiveram de sair de suas casas.

O incêndio teve início às 14:50 de sexta-feira numa zona florestal e agrícola na povoação de Vale da Pia, freguesia de Abiul, no concelho de Pombal.

Mais tarde, as chamas acabaram por chegar ao concelho vizinho de Ansião, onde hoje o incêndio reativou.

Segundo o sítio na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 18:43 estavam no combate ao incêndio 223 operacionais, apoiados por 58 viaturas e três meios aéreos.

O presidente da Câmara de Ansião lamentou ainda que “na segunda-feira não se tenha aproveitado devidamente o dia, com mais baixa temperatura, para fazer o rescaldo, o que é obrigatório e necessário que se fizesse, para evitar o reacendimento”.

“O combate aos incêndios deve ser uma missão de todos, autarcas, população, Governo, bombeiros”, declarou António José Domingues, apontando, ainda, a necessidade de prevenção.

Portugal continental entrou às 00:00 de segunda-feira em situação de contingência, que deverá terminar às 23:59 de sexta-feira, mas que poderá ser prolongada caso seja necessário.

A declaração da situação de contingência foi decidida devido às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, segundo disse, no sábado, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.


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