
Contra os incêndios e para chamar a atenção do Governo, cerca de duas dezenas de manifestantes protestaram este sábado, durante a tarde, na Avenida dos Aliados, no Porto.
“A floresta arde a sério, não é recreio do ministério”, era uma das frases inscritas num dos cartazes levantados pelos protestantes.
Em declarações à Renascença, Sónia Brioso, uma das organizadoras da ação, defende a “redução drástica” do eucaliptal no território nacional.
“Os eucaliptos têm sido a pólvora que têm causado tantos incêndios, acho que não deve haver uma eliminação total mas deve ser bastante mais reduzido o número de eucaliptos”, adverte.
Sónia Brioso acha incompreensível que, para “uma árvore oriunda da Austrália, nem lá há existam tantas como em Portugal”.
No entender da manifestante há “interesses económicos” que justificam a plantação de eucaliptos em grande escala, sendo que “Portugal é dos maiores produtores de papel da Europa”.
A manifestante acusa o Governo de desresponsabilização e de “nada fazer em relação ao eucalipto”, enquanto outros manifestantes erguem uma faixa onde se pode ler, em letras maiúsculas: “eucaliptal é fatal”.