Há atualmente 139 incêndios ativos em todo o Canadá. As temperaturas acima do normal têm complicado o trabalho dos bombeiros.
Manitoba Government
Cerca de 4.000 pessoas foram obrigadas as sair das suas casas no centro do Canadá, devido aos incêndios florestais que assolam as províncias de Saskatchewan e Manitoba, revelaram esta quarta-feira as autoridades canadianas.
Muitas das pessoas retiradas são residentes de comunidades indígenas de Saskatchewan, noticiou a agência Efe.
Peter Beatty, chefe da Nação Cree Peter Ballantyne, um dos grupos indígenas do norte de Saskatchewan, adiantou aos meios de comunicação locais que aproximadamente 2.000 pessoas já foram retiradas, enquanto outras 2.000 foram instruídas para abandonar as suas casas.
Na província vizinha de Manitoba, os residentes da comunidade de Flin Flon estão sob alerta de evacuação devido a um incêndio florestal que começou em Saskatchewan e que se aproxima perigosamente da cidade.
Alguns doentes em estado crítico já foram retirados do hospital de Flin Flon, uma cidade mineira com uma população de aproximadamente 5.000 habitantes.
Os incêndios obrigaram também à retirada de centenas de pessoas nas cidades de Hall Lake e Canoe Lake, em Saskatchewan.
Há 139 incêndios ativos no Canadá
Temperaturas acima do normal têm alimentado um grande número de incêndios no centro e oeste do Canadá.
Atualmente, a província da Colúmbia Britânica (na costa do Pacífico) tem 43 incêndios florestais ativos, Alberta 42, Saskatchewan 15 e Manitoba 15.
Em todo o Canadá, há 139 incêndios ativos, e até agora este ano o número é de 1.456, com 635.200 hectares consumidos por fogos.
Em 2023, o Canadá sofreu a sua pior época de incêndios florestais da sua história, com 17,3 milhões de hectares de floresta ardidos, seis vezes a média anual.
A situação obrigou as autoridades do país a solicitar bombeiros dos EUA, América Latina, Oceânia e Europa.
As emissões de dióxido de carbono geradas por estes incêndios em 2023 foram equivalentes a aproximadamente 2,37 mil milhões de toneladas de CO2, à semelhança das emissões anuais de combustíveis fósseis de países como a Índia.