O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Seia, no distrito da Guarda, e que está em fase de resolução, consumiu uma área de cerca de 350 hectares, mas não atingiu habitações, disse hoje o presidente do município.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Seia, Luciano Ribeiro, disse que o incêndio, que deflagrou em Santa Eulália, Freguesia de Sameice e Santa Eulália, queimou uma área de terreno que “deve rondar os 350 hectares”.
As chamas destruíram alguns arrumos agrícolas e não atingiram habitações, embora tenham estado “a uns 100 metros” de distância de algumas aldeias, adiantou.
Segundo o autarca, o incêndio também destruiu alguns pomares e manchas de olival e de vinha, e uns “20 metros” de uma extensão total de dois quilómetros de passadiços de madeira existentes num trajeto do rio Seia, que foram executados pelo município no âmbito de um projeto de valorização patrimonial e turística daquele curso de água.
O incêndio foi dado como resolvido pelas 03:59, altura em que foram iniciados os trabalhos de consolidação, com máquinas de rasto, indicou Luciano Ribeiro.
O autarca referiu à Lusa que o vento forte que se fez sentir ao final da tarde de quarta-feira complicou as operações de combate às chamas.
O fogo começou pelas 15:17 de quarta-feira em Santa Eulália.
Segundo a proteção civil, no local permanecem 127 operacionais apoiados por 40 veículos para os trabalhos de consolidação e vigilância.
O presidente da Câmara Municipal de Seia apelou aos habitantes do concelho que não usem fogo nem maquinarias agrícolas e “que denunciem às autoridades “qualquer suspeita que tenham”.
O Governo decidiu hoje prolongar de sexta-feira para domingo a situação de contingência em Portugal Continental devido às previsões meteorológicas, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
Oito distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.