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Incêndios: Fogo que deflagrou no domingo em Murça está em conclusão

O incêndio que começou no domingo em Cortinhas, no concelho de Murça, está em fase de conclusão, apesar de continuar a mobilizar o maior número de meios no país, de acordo com a Proteção Civil.

A informação disponibilizada na página da Autoridade Nacional da Proteção Civil dava conta, por volta das 14:30, que o incêndio se encontrava “em conclusão”, mantendo-se nesta zona do distrito de Vila Real 691 operacionais apoiados por 219 viaturas e sete meios aéreos.

Na quarta-feira o incêndio ficou reduzido a uma frente em Murça e, no ponto da situação feito no local pela Proteção Civil, no final do dia, foi adiantado que o incêndio estava “em fase de consolidação, rescaldo e vigilância”, com apenas “uma pequena frente a lavrar com pouca intensidade”.

O fogo deflagrou na tarde de domingo, em Cortinhas, no concelho de Murça, chegou a mobilizar mais de 800 operacionais de todo o país e alastrou aos municípios vizinhos de Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.

O presidente da Câmara de Murça, Mário Artur Lopes, estimou, na terça-feira, que o fogo tenha consumido entre 10.000 e 12.000 hectares nos três concelhos atingidos.

Mário Artur Lopes afirmou que “mais de metade do concelho” de Murça foi atingido pelo incêndio, que teve uma evolução “muito rápida”, empurrado pelo vento.

O fogo colocou aldeias em perigo e foi necessário proceder a evacuações preventivas. Populares maioritariamente idosos foram retirados e pernoitaram na residência de estudantes, no pavilhão desportivo ou em casa de familiares.

O autarca disse ainda que o cenário é “desolador” e o sentimento é de “desilusão e de frustração”.

“Há dois dias tínhamos um concelho completamente diferente (…) Para além das perdas humanas, que infelizmente aconteceram, mas também a dimensão emocional que é de profunda tristeza e consternação”, salientou.

Foi a sair da aldeia que um casal de idosos morreu, depois do carro onde seguiam ter caído numa ravina. Foram encontrados já mortos e as causas do acidente estão a ser investigadas pela GNR.

Mário Artur Lopes disse não ter conhecimento de casas de primeira habitação atingidas pelo fogo, e apontou para casas devolutas, anexos e armazéns que possam ter ardido, bem como áreas de oliveiras, castanheiros e apiários.


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