O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Seia e que esta madrugada entrou em resolução, reacendeu pelas 13:00 e está a ser combatido por 193 operacionais, mas está a “acalmar”, informou o presidente da autarquia.
“[O fogo] está a acalmar. Esteve complicado durante toda a tarde, [devido a] picos de calor, mudanças de vento e [rajadas de] vento acima de 50 quilómetros por hora”, disse à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Seia, Luciano Ribeiro.
O autarca, contactado pelas 19:20, acrescentou que durante a tarde as aldeias de Pereiro e de Vila Verde ainda estiveram em risco, mas as chamas não atingiram habitações.
Luciano Ribeiro referiu que o combate está a evoluir favoravelmente e “o vento vai mudar para a área que já ardeu”, o que facilitará as operações.
Segundo o autarca, estão no terreno três máquinas de rasto para trabalharem durante a noite na consolidação para que sejam evitados novos reacendimentos.
“A ideia é conseguir circunscrever a zona toda de incêndio até às 06:00”, rematou.
Em declarações à Lusa, antes do reacendimento, o presidente da Câmara Municipal de Seia disse que o incêndio, que deflagrou em Santa Eulália, Freguesia de Sameice e Santa Eulália, queimou uma área de terreno que “deve rondar os 350 hectares”.
As chamas destruíram alguns arrumos agrícolas e não atingiram habitações, embora tenham estado “a uns 100 metros” de distância de algumas aldeias, adiantou.
O incêndio também destruiu alguns pomares e manchas de olival e de vinha, e uns “20 metros” de uma extensão total de dois quilómetros de passadiços de madeira existentes num trajeto do rio Seia, que foram executados pelo município, no âmbito de um projeto de valorização patrimonial e turística daquele curso de água.
O fogo começou pelas 15:17 de quarta-feira em Santa Eulália e foi dado como resolvido pelas 03:59, mas reacendeu pelas 13:00 e estendeu-se à área das povoações de Pereiro, Figueiredo e Vila Verde.
Segundo a Proteção Civil, pelas 19:30, as chamas estavam a ser combatidas por 193 operacionais apoiados por 60 veículos e três meios aéreos.
O presidente da Câmara Municipal de Seia, no distrito da Guarda, apelou hoje aos habitantes do concelho que não usem fogo nem maquinarias agrícolas e “que denunciem às autoridades “qualquer suspeita que tenham”.