O incêndio que deflagrou na terça-feira nas Gambelas, em Faro, teve hoje uma reativação, que está a ser combatida pelos meios que se encontravam no terreno em vigilância, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.
Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, a reativação registou-se ao início da tarde e “está agora a ser combatida pelos meios que ainda se encontravam no local em vigilância”, depois de o incêndio ter sido dado como dominado na manhã de quinta-feira e, posteriormente, declarado extinto.
“A reativação aconteceu na Quinta do Lago, no concelho de Loulé, mas são situações normais e o fogo está a ser combatido para tentar resolvê-lo o mais rápido possível”, afirmou a fonte do CDOS de Faro.
A mesma fonte apontou o vento como fator que pode ter contribuído para a reativação, juntamente com as altas temperaturas que se fazem sentir e estão a atingir Portugal nos últimos dias.
Estão envolvidos nas operações de vigilância e combate a esta reativação 241 operacionais, com o apoio de 85 veículos e quatro aeronaves, segundo os dados disponíveis na página da Internet da Proteção Civil às 14:50.
O fogo deflagrou às 23:30 de terça-feira, perto do polo das Gambelas da Universidade do Algarve (freguesia de Montenegro) e do recinto onde decorre, até domingo, a Concentração Internacional de Motos de Faro.
Durante a madrugada de quarta-feira, as chamas passaram para o concelho de Loulé.
Agora o fogo volta a estar ativo, com os bombeiros a tentarem evitar que ganhe maiores proporções, acrescentou a fonte do CDOS de Faro.
Portugal Continental está em situação de contingência até domingo devido às previsões meteorológicas, com temperaturas muito elevadas em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
Cinco distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.