O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Revel, Vila Pouca de Aguiar, tem hoje de manhã “grande parte” do perímetro em consolidação e vigilância, mantendo uma frente ativa a lavrar com “alguma intensidade”, disse fonte da Proteção Civil.
Num ponto de situação sobre o fogo que lavra no concelho de Vila Pouca de Aguiar, o comandante distrital de operações de socorro de Vila Real (CODIS), Miguel Fonseca, disse que, pelas 08:00, “grande parte do perímetro” estava em trabalhos de consolidação e, também, “já em vigilância”, mantendo-se uma “frente ativa a arder com alguma intensidade, mas a ceder aos meios”.
“Ou seja, temos boas perspetivas para que nas próximas horas consigamos, efetivamente, ter todo o perímetro em consolidação”, frisou.
Para ajudar os operacionais no terreno, pelas 08:30, está previsto acionar três meios aéreos, dois aviões e um helicóptero que, segundo o comandante, vão “focar o trabalho nesta frente que está ainda ativa”.
Miguel Fonseca referiu ainda que, não havendo outras ocorrências, posteriormente poderá ser empenhada mais uma parelha de aviões neste teatro de operações.
Durante a noite, as atenções dos operacionais estiveram centradas na aldeia de Campo de Jales, devido a uma projeção que apresentou alguma preocupação.
No período noturno a humidade e a descida das temperaturas ajudou nos trabalhos de combate e, segundo Miguel Fonseca, as condições meteorológicas, como o vento, “não são uma preocupação durante a manhã de hoje”, embora se prevejam temperaturas altas.
Segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o fogo mobilizava, pelas 08:30, 394 operacionais e 130 viaturas.
O alerta para este fogo foi dado às 17:14 de quarta-feira e, em pouco tempo, verificou-se uma grande mobilização de meios para esta ocorrência que teve uma progressão muito rápida em zona de pinhal e chegou a avançar em três frentes.
Este incêndio tem rodeado aldeias, como Filhagosa, na quarta-feira, ou Reboredo, na quinta-feira, não tendo, até ao momento, provocado danos em habitações, mas contabilizando grandes prejuízos em áreas de pinhal e na agricultura, nomeadamente em castanheiros ou apiários.
Não se verificaram evacuação das aldeias, mas alguns residentes mais idosos ou com dificuldades de mobilidade e residentes nas áreas próximas da floresta foram retirados mais para o centro das localidades.
Os populares e os muitos emigrantes de férias nestas aldeias têm-se unido aos operacionais para combater as chamas.
“O risco para as populações obriga a alterar o plano dos trabalhos nas frentes de incêndio na área florestal e a empenhar os meios na proteção às populações”, explicou Miguel Fonseca.
Fonte da GNR disse à agência Lusa que um homem na casa dos 50 anos foi constituído arguido pela suspeita de realização de trabalhos na floresta que poderão ter estado na origem deste incêndio.