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Incêndios: Levantamento dos prejuízos na Serra da Estrela pronto na segunda-feira – Governo

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse hoje, na Guarda, que os levantamentos dos prejuízos do incêndio na serra da Estrela foram antecipados em relação ao prazo inicial e ficarão prontos na segunda-feira.

No final de uma reunião com autarcas da região, realizada no edifício dos Paços do Concelho da Guarda, a ministra disse aos jornalistas que no encontro foi comunicado que os levantamentos dos prejuízos setoriais ficarão prontos na segunda-feira e que depois serão “entregues à CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro], que fará um relatório final global”.

“Antecipámos, face ao que era previsto na Resolução do Conselho de Ministros, o prazo para o levantamento dos prejuízos, porque nós começámos a trabalhar logo no território com os autarcas, estou a falar nos vários setores, nesse levantamento”, declarou.

Ana Abrunhosa disse que o relatório será conhecido logo que o Governo o possua e depois da aprovação da Resolução do Conselho de Ministros, “que vai, no fundo, validar esses danos e as medidas” para fazer “face aos danos” do incêndio.

A governante falava aos jornalistas no final de uma reunião com os presidentes dos municípios da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) para uma análise conjunta da situação resultante dos recentes incêndios.

No encontro também participaram a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, e a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar.

Segundo Ana Abrunhosa, na área atingida pelo incêndio existem “danos de diferente natureza, que exigem uma intervenção mais imediata, como a estabilização dos solos”.

“Temos outros que implicam criar maior competitividade no território e fazer face a perdas que as atividades económicas, nomeadamente na área do turismo, têm. E, portanto, vamos criar medidas para valorizar o destino, criar medidas para que as empresas que têm aqui os seus negócios não sintam tanto as perdas que constituiu termos um Parque Natural ardido com uma dimensão tão grande. E, portanto, o seu grande ativo, nalguns territórios, perdeu-se. E, depois, teremos medidas nas diferentes áreas”, declarou.

Destacou também o facto de a própria resolução prever “a criação e a construção de um plano de revitalização para a serra da Estrela”.

A governante explicou, ainda, que a reunião decorreu com os autarcas da CIM-BSE porque o Governo está preocupado com o PNSE que está integrado nesta Comunidade Intermunicipal e o objetivo é “cuidar do PNSE” e “envolver” os municípios da sua área envolvente.

O conjunto de medidas a criar terá de estar “muito bem identificado”, por considerar que “o território já não precisa mais de palavras, precisa de ação”, daí a antecipação da data de avaliação dos danos.

O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, que falou em nome dos autarcas presentes na reunião, destacou o facto de o Governo ter antecipado o prazo de apresentação do levantamento dos prejuízos, referindo tratar-se de um sinal “francamente positivo”.

“Vemos com muitos bons olhos antecipar aquilo que está a ser feito. Há um velho ditado que diz ‘não deixes para amanhã aquilo que podes fazer hoje’. É aquilo que está a ser feito neste momento e estamos muito gratos por isso”, declarou.

A serra da Estrela foi afetada por um incêndio que deflagrou no dia 06 de agosto em Garrocho, no concelho da Covilhã (distrito de Castelo Branco) e que foi dado como dominado no dia 13.

O fogo sofreu uma reativação no dia 15 e foi considerado novamente dominado no dia 17 do mesmo mês, à noite.

As chamas estenderam-se ao distrito da Guarda, nos municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, e atingiram ainda o concelho de Belmonte, no distrito de Castelo Branco.

No dia 25, o Governo aprovou a declaração de situação de calamidade para o PNSE, afetado desde julho por fogos, conforme pedido pelos autarcas dos territórios atingidos.

A situação de calamidade foi já publicada em Diário da República e vai vigorar pelo período de um ano, para “efeitos de reposição da normalidade na respetiva área geográfica”.


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